O tempo de Barack
Hoje, nos jornais, só se fala sobre a posse de Obama. É, sem qualquer sombra de dúvida, um momento histórico – não somente pelo fato de ser um negro com descendência árabe, mas também pelo novo presidente ter sido eleito com a promessa de limpar as cagadas que o caubói Bush fez ao longo de oito anos. As expectativas estão altas, quase estratosféricas, em relação aos mais diferentes assuntos, desde a atual crise econômica, passando pela questão ecológica e chegando até os conflitos no Oriente.
Obama prometeu uma solução para cada um desses e outros problemas. No entanto, falar é fácil. Temos aqui mesmo no Brasil o exemplo de um governo que chegou ao poder com determinado discurso de oposição e, em pouco tempo, estava fazendo aquilo que criticava. O novo homem mais poderoso do mundo encantou e gerou esperanças com discursos inflamados, carisma e posicionamento correto em relação aos temas mais relevantes ao planeta, mas – não se enganem – tudo, até agora, fazia parte da campanha para ser eleito. E sabemos que políticos são capazes de dizer qualquer coisa para chegar ao poder.
O verdadeiro teste de Obama começa agora. Até então, seu papel era somente o de inspirar e transmitir confiança. Agora, precisa demonstrar resultados. E, com a alta expectativa criada em torno de sua liderança, as pessoas cobrarão resultados rápidos, com eficiência imediata. Se estes não aparecerem logo nos próximos meses, podem ter a certeza de que os discursos poéticos inflando o espírito e a liberdade norte-americanos serão rapidamente esquecidos, e as lágrimas de esperança trocadas por vozes de impropérios.
Acredito, pessoalmente, que Barack Obama fará um governo decente, com respeito às diferenças, aos direitos humanos e capaz de gerar resultados não somente aos americanos, mas no cenário global – e sua primeira ordem a respeito dos julgamentos em Guantánamo já é um bom sinal. No entanto, também acredito que isso não será realizado da noite para o dia, como muita gente espera. E esse é o grande desafio do novo presidente norte-americano: convencer o mundo de que as expectativas que ele próprio ajudou a elevar demorarão certo tempo para serem alcançadas.
Yes, we can. But not right now.
Obama prometeu uma solução para cada um desses e outros problemas. No entanto, falar é fácil. Temos aqui mesmo no Brasil o exemplo de um governo que chegou ao poder com determinado discurso de oposição e, em pouco tempo, estava fazendo aquilo que criticava. O novo homem mais poderoso do mundo encantou e gerou esperanças com discursos inflamados, carisma e posicionamento correto em relação aos temas mais relevantes ao planeta, mas – não se enganem – tudo, até agora, fazia parte da campanha para ser eleito. E sabemos que políticos são capazes de dizer qualquer coisa para chegar ao poder.
O verdadeiro teste de Obama começa agora. Até então, seu papel era somente o de inspirar e transmitir confiança. Agora, precisa demonstrar resultados. E, com a alta expectativa criada em torno de sua liderança, as pessoas cobrarão resultados rápidos, com eficiência imediata. Se estes não aparecerem logo nos próximos meses, podem ter a certeza de que os discursos poéticos inflando o espírito e a liberdade norte-americanos serão rapidamente esquecidos, e as lágrimas de esperança trocadas por vozes de impropérios.
Acredito, pessoalmente, que Barack Obama fará um governo decente, com respeito às diferenças, aos direitos humanos e capaz de gerar resultados não somente aos americanos, mas no cenário global – e sua primeira ordem a respeito dos julgamentos em Guantánamo já é um bom sinal. No entanto, também acredito que isso não será realizado da noite para o dia, como muita gente espera. E esse é o grande desafio do novo presidente norte-americano: convencer o mundo de que as expectativas que ele próprio ajudou a elevar demorarão certo tempo para serem alcançadas.
Yes, we can. But not right now.
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