A inglesinha e o octagenário
Porto Alegre não é a maior, mais importante cidade e muito menos a capital do Brasil. Acredito que, se perguntarmos lá fora, pouca gente vai conhecer esse nosso espaço de terra. Assim, não é sempre que temos shows de grandes artistas e bandas. A freqüência, pelo menos, não é tão grande quanto em São Paulo e Rio, por exemplo. O que me levou a uma promessa a mim mesmo: sempre que ocorrer aqui um grande show, estarei lá. Claro, desde que não seja alguma coisa insuportável do tipo Britney. Mas, se for alguém ou alguma banda pelos quais eu tenha um leve apreço, não vou deixar de ir. Tudo isso pra dizer que já comprei meus ingressos pra Joss Stone e pro Chuck Berry. Até então, não falei com ninguém que disse que ia com certeza, mas também não iria ficar esperando e perder essas chances. Se precisar, vou sozinho. Sou fã da Joss desde o primeiro CD. A inglesinha dos pés descalços canta demais e tem muito carisma. Sabe-se lá quando ela vai voltar pra cá e, pensando nisso, vou lá encher os bolsos da ex-loira agora dos cabelos roxos. O outro ingresso que comprei foi, claro, o de Chuck Berry. Esse é imperdível mesmo. Joss pode demorar para voltar ao Brasil, mas um dia virá. Berry não se sabe. O cara, uma lenda viva da história do rock n roll, tá com 81 anos. 81! Pode capotar a qualquer momento e afirmo com certeza de que é a última vez que virá ao Brasil. O cara influenciou muita gente, tocou com os maiores e foi um dos precursores de uma grande mudança na música nos anos cinqüenta. É História, com "H" maiúsculo mesmo. Não sei se ele ainda consegue segurar uma platéia, mas o show de Chuck Berry pode ser de quinze minutos, com o cara sentado em uma cadeira de rodas, que ainda vai valer a pena. Agora é contagem regressiva. Dia 19, Joss, e no dia 21, Berry. Um depois do outro. Dois show imperdíveis aqui mesmo em Porto Alegre, que pode não ser a maior, mais importante cidade ou mesmo a capital do Brasil, mas tem nos oferecido muita coisa boa.
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