Filmes de Agosto
Harry Brown – Inglaterra/2009
De Daniel Barber. Com Michael Caine, Emily Mortimer, Charlie Creed-Miles e Iain Glen.
Durante dois terços, é uma belíssima obra, com condução cuidadosa de Barber, extremamente bem-sucedido na criação de sua atmosfera realista e angustiante. Pena que o terceiro ato resvale em soluções fáceis de roteiro. Michael Caine, por outro lado, está excelente.
Nota: 7.0
Battle Royale (Batoru Roiawaru) – Japão, 2000
De Kinji Fukasaku. Com Tatsuia Fujiwara, Aki Maeda, Takeshi Kitano e Tarô Yamamoto.
O excesso de personagens dilui um pouco do impacto emocional que a obra poderia ter. Ainda assim, é uma história corajosa tanto em sua premissa quanto nas reflexões que propõe. O tipo de filme que o cinema norte-americano, por exemplo, jamais seria capaz de produzir.
Nota: 7.5
Ed Wood – EUA, 1994
De Tim Burton. Com Johnny Depp, Martin Landau, Sarah Jessica Parker, Patricia Arquette, Bill Murray e Jeffrey Jones.
A visão de Tim Burton casa de forma maravilhosa com o mundo do excêntrico Wood. O cineasta orquestra um filme belíssimo não somente em termos visuais, mas principalmente em sua homenagem à paixão de fazer filmes e ao amor pelo cinema.
Nota: 9.0
Wall Street – Poder e Cobiça (Wall Street) – EUA, 1987
De Oliver Stone. Com Michael Douglas, Charlie Sheen, Martin Sheen, Daryl Hannah e Hal Holbrook.
Quem brilha é o elenco, com Michael Douglas dando um show e Charlie Sheen talvez na sua melhor atuação. Além disso, Stone captura com perfeição a essência dos anos 80, realizando um filme-documento da época. No entanto, a história simples e as longas discussões repletas de termos técnicos acabam prejudicando o trabalho.
Nota: 6.5
A Origem (Inception) – EUA, 2010
De Christopher Nolan. Com Leonardo DiCaprio, Joseph Gordon-Levitt, Ellen Page, Tom Hardy, Ken Watanabe, Cillian Murphy, Marion Cotillard e Michael Caine.
Um filme construído sobre excelentes ideias, explorando-as de forma impecável, com uma execução nada menos que espetacular. Uma trama repleta de camadas, que ainda dá espaço aos personagens, levados à vida por atores talentosos. O tipo de filme que dá vontade de ver mais de uma vez.
Nota: 9.5
[REC] – Espanha, 2007
De Jaume Balagueró e Paco Plaza. Com Manuela Velasco, Ferran Terraza, Pablo Rosso e David Vert.
Ainda que a abordagem não seja tão original, o roteiro, as atuações e uma direção impecável garantem tensão absoluta durante todo o filme. Os dez minutos finais são simplesmente aterrorizantes.
Nota: 8.5
A Vida Marinha (The Life Aquatic With Steve Zissou) – EUA, 2004
De Wes Anderson. Com Bill Murray, Owen Wilson, Cate Blanchett, Angelica Huston, Willem Dafoe, Jeff Goldblum e Seu Jorge.
Estranhamente puro e belo em sua própria realidade. Anderson destila seu humor sutil para criar personagens de um mundo irônico que, se não chega a empolgar, é sempre original. Talvez mereça mais de uma visita para ser apreciado.
Nota: 7.0
Os Mercenários (The Expendables) – EUA, 2010
De Sylvester Stallone. Com Sylvester Stallone, Jason Statham, Dolph Lundgren, Mickey Rourke, Jet Li, Eric Roberts, Giselle Itié, Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger.
A homenagem de Stallone ao cinema-testosterona da década de 80 acabou ficando pela metade. Por mais que tenha um ou outro momento no qual acerta no tom de brincadeira, a maior parte do filme é feita por piadas sem graça, ditas por personagens insossos, em cenas de ação incrivelmente mal filmadas e incompreensíveis. Uma pena.
Nota: 4.0
A Verdade Nua e Crua (The Ugly Truth) – EUA, 2009
De Robert Luketic. Com Katherine Heigl, Gerard Butler, Bree Turner e Cheryl Hines.
Luketic segue à risca o manual do gênero, com total previsibilidade. Mesmo caindo no lugar-comum, o roteiro tem algumas boas piadas e Butler e Heigl demonstram boa química. Diverte, o que já é mais do que se poderia pedir.
Nota: 6.0
Gigi – EUA, 1958
De Vincente Minnelli. Com Leslie Caron, Maurice Chevalier, Louis Jordan e Hermione Gingold.
Exceto o belo trabalho técnico (fotografia, direção de arte e nos figurinos), o que sobra é um musical sem a menor graça, com personagens irritantes, cenas insossas e um roteiro sem muita lógica. Os nove Oscars de Gigi são um dos maiores equívocos da história da Academia.
Nota: 4.0
Salt – EUA, 2010
De Phillip Noyce. Com Angelina Jolie, Liev Schreiber, Chiwetel Ejiofor e August Diehl.
Um passatempo realizado com competência. Mesmo com furos de lógica, a história é suficientemente interessante, o ritmo é ágil, as cenas de ação são boas e Jolie é ótima como protagonista. Um filme de ação bastante eficiente, que cumpre bem o que propõe.
Nota: 7.0
Educação (An Education) – Inglaterra, 2009
De Lone Scherfig. Com Carey Mulligan, Perter Sarsgaard, Alfred Molina e Olivia Williams.
Mais do que propor uma reflexão sobre o papel da mulher no início dos anos 60, o filme oferece uma história de romance bastante sólida, ainda que jamais empolgue totalmente. Carey Mulligan, por outro lado, está apaixonante.
Nota: 7.0
Legião (Legion) – EUA, 2010
De Scott Charles Stewart. Com Paul Bettany, Dennis Quaid, Lucas Black, Tyrese Gibson e Kevin Durand.
Difícil dizer o que é pior: os exageros de Dennis Quaid, as cenas involuntariamente cômicas, o roteiro furado, os fraquíssimos efeitos ou a falta de imaginação diante de um tema cheio de possibilidades.
Nota: 3.0
Boy Interrupted – EUA, 2008
De Dana Heinz Perry.
Documentário bem construído e, principalmente, relevante sobre a depressão, o suicídio e a perda. Acompanhar a história um garoto com pensamentos tão fortes em relação à morte não deixa de ser chocante.
Nota: 8.0
Nine – EUA, 2009
De Rob Marshall. Com Daniel Day-Lewis, Marion Cotillard, Penélope Cruz, Nicole Kidman, Kate Hudson, Sophia Loren, Judi Dench e Fergie.
Indiscutivelmente, o filme tem diversas qualidades (fotografia, por exemplo) e momentos belíssimos. Por outro lado, a história jamais conquista o espectador e os números musicais são bastante irregulares, carecendo de mais imaginação.
Nota: 6.0
O Último Mestre do Ar (The Last Airbender) – EUA, 2010
De M. Night Shyamalan. Com Noah Ringer, Dev Patel, Nicola Peltz e Cliff Curtis.
Surpreendentemente, a única coisa que funciona são as cenas de ação, ainda que repetitivas. De resto, uma história caótica, diálogos risíveis e uma construção precária daquele mundo, que jamais convence. A queda gradual de Shyamalan é algo impressionante.
Nota: 4.0
Mary e Max – Uma Amizade Diferente (Mary and Max) – Austrália, 2009
De Adam Elliot. Com as vozes de Toni Collette, Phillip Seymour Hoffman, Eric Bana, Barry Humphries e Bethany Whitmore.
Divertida e tocante animação australiana repleta de pequenas boas ideias. Elliot aborda temas difíceis como solidão, depressão, alcoolismo e suicídio com leveza e sensibilidade, utilizando-se de belas soluções visuais e diálogos inspirados. Emoção, inteligência e humor na medida certa.
Nota: 8.5
De Daniel Barber. Com Michael Caine, Emily Mortimer, Charlie Creed-Miles e Iain Glen.
Durante dois terços, é uma belíssima obra, com condução cuidadosa de Barber, extremamente bem-sucedido na criação de sua atmosfera realista e angustiante. Pena que o terceiro ato resvale em soluções fáceis de roteiro. Michael Caine, por outro lado, está excelente.
Nota: 7.0
Battle Royale (Batoru Roiawaru) – Japão, 2000
De Kinji Fukasaku. Com Tatsuia Fujiwara, Aki Maeda, Takeshi Kitano e Tarô Yamamoto.
O excesso de personagens dilui um pouco do impacto emocional que a obra poderia ter. Ainda assim, é uma história corajosa tanto em sua premissa quanto nas reflexões que propõe. O tipo de filme que o cinema norte-americano, por exemplo, jamais seria capaz de produzir.
Nota: 7.5
Ed Wood – EUA, 1994
De Tim Burton. Com Johnny Depp, Martin Landau, Sarah Jessica Parker, Patricia Arquette, Bill Murray e Jeffrey Jones.
A visão de Tim Burton casa de forma maravilhosa com o mundo do excêntrico Wood. O cineasta orquestra um filme belíssimo não somente em termos visuais, mas principalmente em sua homenagem à paixão de fazer filmes e ao amor pelo cinema.
Nota: 9.0
Wall Street – Poder e Cobiça (Wall Street) – EUA, 1987
De Oliver Stone. Com Michael Douglas, Charlie Sheen, Martin Sheen, Daryl Hannah e Hal Holbrook.
Quem brilha é o elenco, com Michael Douglas dando um show e Charlie Sheen talvez na sua melhor atuação. Além disso, Stone captura com perfeição a essência dos anos 80, realizando um filme-documento da época. No entanto, a história simples e as longas discussões repletas de termos técnicos acabam prejudicando o trabalho.
Nota: 6.5
A Origem (Inception) – EUA, 2010
De Christopher Nolan. Com Leonardo DiCaprio, Joseph Gordon-Levitt, Ellen Page, Tom Hardy, Ken Watanabe, Cillian Murphy, Marion Cotillard e Michael Caine.
Um filme construído sobre excelentes ideias, explorando-as de forma impecável, com uma execução nada menos que espetacular. Uma trama repleta de camadas, que ainda dá espaço aos personagens, levados à vida por atores talentosos. O tipo de filme que dá vontade de ver mais de uma vez.
Nota: 9.5
[REC] – Espanha, 2007
De Jaume Balagueró e Paco Plaza. Com Manuela Velasco, Ferran Terraza, Pablo Rosso e David Vert.
Ainda que a abordagem não seja tão original, o roteiro, as atuações e uma direção impecável garantem tensão absoluta durante todo o filme. Os dez minutos finais são simplesmente aterrorizantes.
Nota: 8.5
A Vida Marinha (The Life Aquatic With Steve Zissou) – EUA, 2004
De Wes Anderson. Com Bill Murray, Owen Wilson, Cate Blanchett, Angelica Huston, Willem Dafoe, Jeff Goldblum e Seu Jorge.
Estranhamente puro e belo em sua própria realidade. Anderson destila seu humor sutil para criar personagens de um mundo irônico que, se não chega a empolgar, é sempre original. Talvez mereça mais de uma visita para ser apreciado.
Nota: 7.0
Os Mercenários (The Expendables) – EUA, 2010
De Sylvester Stallone. Com Sylvester Stallone, Jason Statham, Dolph Lundgren, Mickey Rourke, Jet Li, Eric Roberts, Giselle Itié, Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger.
A homenagem de Stallone ao cinema-testosterona da década de 80 acabou ficando pela metade. Por mais que tenha um ou outro momento no qual acerta no tom de brincadeira, a maior parte do filme é feita por piadas sem graça, ditas por personagens insossos, em cenas de ação incrivelmente mal filmadas e incompreensíveis. Uma pena.
Nota: 4.0
A Verdade Nua e Crua (The Ugly Truth) – EUA, 2009
De Robert Luketic. Com Katherine Heigl, Gerard Butler, Bree Turner e Cheryl Hines.
Luketic segue à risca o manual do gênero, com total previsibilidade. Mesmo caindo no lugar-comum, o roteiro tem algumas boas piadas e Butler e Heigl demonstram boa química. Diverte, o que já é mais do que se poderia pedir.
Nota: 6.0
Gigi – EUA, 1958
De Vincente Minnelli. Com Leslie Caron, Maurice Chevalier, Louis Jordan e Hermione Gingold.
Exceto o belo trabalho técnico (fotografia, direção de arte e nos figurinos), o que sobra é um musical sem a menor graça, com personagens irritantes, cenas insossas e um roteiro sem muita lógica. Os nove Oscars de Gigi são um dos maiores equívocos da história da Academia.
Nota: 4.0
Salt – EUA, 2010
De Phillip Noyce. Com Angelina Jolie, Liev Schreiber, Chiwetel Ejiofor e August Diehl.
Um passatempo realizado com competência. Mesmo com furos de lógica, a história é suficientemente interessante, o ritmo é ágil, as cenas de ação são boas e Jolie é ótima como protagonista. Um filme de ação bastante eficiente, que cumpre bem o que propõe.
Nota: 7.0
Educação (An Education) – Inglaterra, 2009
De Lone Scherfig. Com Carey Mulligan, Perter Sarsgaard, Alfred Molina e Olivia Williams.
Mais do que propor uma reflexão sobre o papel da mulher no início dos anos 60, o filme oferece uma história de romance bastante sólida, ainda que jamais empolgue totalmente. Carey Mulligan, por outro lado, está apaixonante.
Nota: 7.0
Legião (Legion) – EUA, 2010
De Scott Charles Stewart. Com Paul Bettany, Dennis Quaid, Lucas Black, Tyrese Gibson e Kevin Durand.
Difícil dizer o que é pior: os exageros de Dennis Quaid, as cenas involuntariamente cômicas, o roteiro furado, os fraquíssimos efeitos ou a falta de imaginação diante de um tema cheio de possibilidades.
Nota: 3.0
Boy Interrupted – EUA, 2008
De Dana Heinz Perry.
Documentário bem construído e, principalmente, relevante sobre a depressão, o suicídio e a perda. Acompanhar a história um garoto com pensamentos tão fortes em relação à morte não deixa de ser chocante.
Nota: 8.0
Nine – EUA, 2009
De Rob Marshall. Com Daniel Day-Lewis, Marion Cotillard, Penélope Cruz, Nicole Kidman, Kate Hudson, Sophia Loren, Judi Dench e Fergie.
Indiscutivelmente, o filme tem diversas qualidades (fotografia, por exemplo) e momentos belíssimos. Por outro lado, a história jamais conquista o espectador e os números musicais são bastante irregulares, carecendo de mais imaginação.
Nota: 6.0
O Último Mestre do Ar (The Last Airbender) – EUA, 2010
De M. Night Shyamalan. Com Noah Ringer, Dev Patel, Nicola Peltz e Cliff Curtis.
Surpreendentemente, a única coisa que funciona são as cenas de ação, ainda que repetitivas. De resto, uma história caótica, diálogos risíveis e uma construção precária daquele mundo, que jamais convence. A queda gradual de Shyamalan é algo impressionante.
Nota: 4.0
Mary e Max – Uma Amizade Diferente (Mary and Max) – Austrália, 2009
De Adam Elliot. Com as vozes de Toni Collette, Phillip Seymour Hoffman, Eric Bana, Barry Humphries e Bethany Whitmore.
Divertida e tocante animação australiana repleta de pequenas boas ideias. Elliot aborda temas difíceis como solidão, depressão, alcoolismo e suicídio com leveza e sensibilidade, utilizando-se de belas soluções visuais e diálogos inspirados. Emoção, inteligência e humor na medida certa.
Nota: 8.5
4 Comments:
esperava mais do Tim Burton.
Mais uma vez "A Origem" bem contado. Que curiosidade em mim!
Errata: cotado
achei muito legal
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