Viagem Literária

Apenas uma maneira de despejar em algum lugar todas aquelas palavras que teimam em continuar saindo de mim diariamente.

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Location: Porto Alegre, RS, Brazil

Um gaúcho pacato, bem-humorado e que curte escrever algumas bobagens e algumas coisas sérias de vez em quando. Devorador voraz de livros e cinéfilo assumido. O resto não interessa, ao menos por enquanto.

Tuesday, November 16, 2010

FIlmes de Outubro

Terror na Antártida (Whiteout) – Canadá/EUA/França, 2009
De Dominic Sena. Com Kate Beckinsale, Gabriel Macht, Tom Skerritt e Coumbus Short.
Por vezes, quando dá espaço às dificuldades provenientes do local, o filme dá mostras de que poderia ser interessante. Pena que o péssimo roteiro, previsível e esquemático, jogue por terra (ou gelo, no caso) qualquer potencial.
Nota: 5.0

Esquadrão Classe A (The A-Team) – EUA, 2010
De Joe Carnahan. Com Liam Neeson, Bradley Cooper, Jessica Biel, Patrick Wilson, Sharlto Copley e Quinton ‘Rampage’ Jackson.
Em nenhum instante o filme tenta ser sério e é exatamente aí que mora o seu charme. Divertido, exagerado e até tosco, principalmente no que se refere aos efeitos especiais. Entrega o que se propõe.
Nota: 6.0

À Procura de Eric (Looking for Eric) – Inglaterra/França/Itália, 2009
De Ken Loach. Com Steve Evets, Eric Cantona, Stephanie Bishop e Gerard Kearns.
Até a metade, é um ótimo filme, com Loach montando mais um retrato realista (ainda que com toques de fantasia e humor) da classe operária britânica. Mas o cineasta parece não saber como encerrar a história, apostando em um terceiro ato forçado e irreal.
Nota: 6.0

Arca Russa (Russkyi Kovcheg) – Rússia/Alemanha, 2002
De Aleksander Sokurov. Com Sergei Dontsov, Mariya Kuznetsova e Leonid Mozgovoy.
Sem dúvida alguma, o plano-sequência de noventa minutos é uma realização monumental, que impressiona em seus quesitos técnicos. Por outro lado, trata-se de um filme cansativo e distante, que jamais envolve o espectador. Interessante, claro, mas apenas isso.
Nota: 6.0

Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (Who’s Afraid of Virginia Woolf?) – EUA, 1966
De Mike Nichols. Com Elizabeth Taylor, Elizabeth Taylor, George Segal e Sandy Dennis.
Cruel, intenso, dramático, inteligente. Excelentes diálogos, atuações memoráveis de Taylor e Burton, direção precisa. Uma interpretação nada agradável ou otimista sobre a natureza destrutiva dos relacionamentos e as desilusões provocadas pela vida. Grande, grande filme.
Nota: 9.0

As Diabólicas (Les Diaboliques) – França, 1955
De Henri-Georges Clouzot. Com Simone Signoret, Vera Clouzot, Paul Meurisse e Charles Vanel.
Uma verdadeira aula sobre o que é um suspense bem realizado, com um roteiro repleto de reviravoltas e personagens bem construídos. A direção de Clouzot é impecável, criando uma atmosfera angustiante que sufoca até os assustadores instantes finais. Brilhante.
Nota: 8.5

Tropa de Elite 2 – Brasil, 2010
De José Padilha. Com Wagner Moura, André Ramiro, Milhem Cortaz, Irandhir Santos, Tainá Muller e Seu Jorge.
Padilha justifica esta sequência ao não apostar apenas na repetição do que deu certo no original, mas fazendo a história evoluir. Porém, mais do que isso, é uma obra complexa em sua narrativa e executada com precisão, capaz de entreter e indignar. Wagner Moura, novamente, comprova ser o melhor ator da sua geração.
Nota: 9.0

Conquista Sangrenta (Flesh + Blood) – Espanha/EUA/Holanda, 1985
De Paul Verhoeven. Com Rutger Hauer, Jennifer Jason Leigh, Tom Burlinson e Jack Thompson.
O enredo é previsível e, por vezes, a artificialidade incomoda, mas Verhoeven demonstrava coragem em sua estreia nos EUA ao não deixar de lado o sexo, a violência e a selvageria da época que retrata. Um filme que tem mais a oferecer do que parece.
Nota: 7.0

Mother – A Busca pela Verdade (Madeo) – Coréia do Sul, 2009
De Joon-Ho Bong. Com Hye-Ja Kim, Bin Won e Ku Jin.
O cineasta demonstra novamente ser capaz de trazer originalidade a um filme de gênero, em uma narrativa consistente e muito bem pensada. É o terceiro ato, porém, que faz de Mother uma produção acima da média, levando à pergunta: “O que eu faria?”
Nota: 7.5

Rastros de Ódio (The Searchers) – EUA, 1956
De John Ford. Com John Wayne, Jeffrey Hunter, Vera Miles, Ward Bond e Natalie Wood.
Em certos aspectos, o filme envelheceu mal, como na subtrama do casamento de Pawley. Por outro lado, segue uma das grandes obras do cinema norte-americano, com uma construção de personagem ambígua (principalmente para a época), pontuada por belíssimas imagens da câmera de Ford. Um grande filme, com justo valor histórico.
Nota: 8.0

Julie e Julia (Julie & Julia) – EUA, 2009
De Nora Ephron. Com Meryl Streep, Amy Adams, Stanley Tucci, Chris Messina e Mary Lynn Rajskub.
Separadas, as duas histórias são bem comuns e até estereotipadas. A montagem paralela ainda consegue torná-las levemente mais interessantes, mas o que realmente torna o filme agradável são as interpretações de Amy Adams e, principalmente, Meryl Streep.
Nota: 6.0

A Jovem Rainha Vitória (The Young Victoria) – Inglaterra/Estados Unidos, 2009
De Jean-Marc Vallé. Com Emily Blunt, Rupert Friend, Paul Bettany, Miranda Richardson, Jim Broadbent, Thomas Kretschmann e Mark Strong.
Mesmo que pareça, por vezes, apressado, o roteiro é bem feito a ponto de amarrar e compactar as histórias. Um filme agradável, belissimamente fotografado e, até certo ponto, instrutivo.
Nota: 7.0

Bravura Indômita (True Grit) – EUA, 1969
De Henry Hathaway. Com John Wayne, Glen Campbell, Kim Darby, Robert Duvall e Dennis Hopper.
Ainda que seja um de seus melhores papéis, o Oscar a Wayne parece um exagero. De qualquer forma, é um filme que entretém do início até o final, com personagens interessantes e bons momentos. A questão é: o que os Coen vão fazer na refilmagem?
Nota: 7.5

Violência Gratuita (Funny Games) – Áustria, 1997
De Michael Haneke. Com Susanne Lothar, Ulrich Mühe, Arno Frisch e Frank Giering.
De onde vem a nossa fascinação pela violência? Haneke apresenta a sua visão, representada no significativo plano da televisão repleta de respingos de sangue. Um filme tenso, complexo e ousado. Devastador em praticamente todos os sentidos.
Nota: 9.0

Um Lugar ao Sol (A Place in the Sun) – EUA, 1951
De George Stevens. Com Montgomery Clif, Elizabeth Taylor, Shelley Winters e Anne Revere.
O “american dream” entrando em choque com a realidade. Estrelas no auge da forma, momentos de pura magia, romance maior que a vida. Uma das mais perfeitas definições de um clássico do cinema norte-americano.
Nota: 9.0

Num Céu Azul Escuro (Tmavomodry Svet) – República Tcheca/Inglaterra/Alemanha /Dinamarca/Itália, 2001
De Jan Sverák. Com Ondrej Vetchý, Krystof Hádek, Tara Fitzgerald e Charles Dance.
A boa recriação de época e as belas cenas aéreas contrastam com a história fraca, inverossímil e sem personagens marcantes. O final ainda traz certa dignidade à trama, mas nada que faça o filme sair do lugar-comum.
Nota: 6.0

Atividade Paranormal 2 (Paranormal Activity 2) – EUA, 2010
De Tod Williams. Com Sprague Grayden, Katie Featherston e Micah Sloat.
Está longe de ser um filme ruim: a tensão é bem construída e os sustos são realmente eficazes, nada gratuitos. Mas não deixa de ser uma sequência desnecessária, uma vez que nada apresenta de novo em relação à produção original.
Nota: 6.0

Um Louco Apaixonado (How to Lose Friends & Alienate People) – Inglaterra/2008
De Robert B. Weide. Com Simon Pegg, Gillian Anderson, Jeff Bridges, Kirsten Dunst, Megan Fox e Danny Huston.
A energia de Simon Pegg não é suficiente para superar o material com piadas requentadas e história absurda. Há, pelo menos, algumas alfinetadas na cultura das celebridades norte-americanas, mas falta ousadia para uma crítica mais incisiva
Nota: 5.0

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