O OLHO DO MAL
Sabe-se que, hoje, o Oriente é a maior fonte de filmes de terror e suspense em todo o mundo. Diversas produções têm se destacado nos últimos anos, chamando a atenção pela originalidade e capacidade de causar arrepios. Claro que o cinema americano, sempre pensando em maneiras de juntar mais alguns milhões, aproveitou-se disso, refilmando os maiores sucessos para lançá-los no mercado ianque com atores conhecidos e na língua inglesa. Infelizmente, salvo raras exceções (como O Chamado), a grande maioria fica aquém dos originais. É o caso, por exemplo, de O Olho do Mal, copiado de The Eye – A Herança, um suspense de Hong Kong muito interessante. Na versão norte-americana, a atmosfera de gelar a espinha foi substituída por sustos baratos e apelativos, enquanto a boa protagonista Angelica Lee deu lugar à inexpressiva Jessica Alba. Os diretores David Moreau e Xavier Palud, como era de se esperar, apresentam um filme visualmente mais bem-acabado e com muito mais recursos, especialmente em termos de efeitos especiais. Por outro lado, falham na construção das personagens e na condução da trama, utilizando-a como mera desculpa para aqueles sustos previsíveis, quando a trilha sonora aumenta de súbito. Não há tensão, não há identificação e a lógica do enredo acaba por não funcionar. O que havia de surpresa no trabalho original aqui não passa de cópia pouco inspirada. Mais uma refilmagem absolutamente desnecessária promovida pelo amado e odiado cinemão americano.
Nota: 5.0
Nota: 5.0
0 Comments:
Post a Comment
<< Home