Viagem Literária

Apenas uma maneira de despejar em algum lugar todas aquelas palavras que teimam em continuar saindo de mim diariamente.

Name:
Location: Porto Alegre, RS, Brazil

Um gaúcho pacato, bem-humorado e que curte escrever algumas bobagens e algumas coisas sérias de vez em quando. Devorador voraz de livros e cinéfilo assumido. O resto não interessa, ao menos por enquanto.

Monday, March 06, 2006

Oscar 2006

Tá, deixa eu fazer um breve comentário sobre o Oscar, só pra não deixar passar em branco. A cerimônia foi chata, como sempre é. Simplesmente não engoli o tal do Jon Stewart como apresentador. Ok, eu vi o Oscar com os comentários em português, o que faz perder 50% da graça original das piadas (normalmente assisto com o som original, mas o maldito do controle da TV estragou e o SAP ficou inacessível. E o pior foi ouvir a anta do Ewald Filho falar “cidadões”...), mas, mesmo assim, achei as piadas dele sem a menor graça e inspiração. Apresentador por apresentador, o melhor que eu lembro de todos que realmente acompanhei até hoje foi o Steve Martin. Mas vamos falar de cinema. Meu filme favorito entre todos os indicados era Munique. Votaria na obra de Spielberg pelo menos nas categorias principais (roteiro, direção e filme). No entanto, a Academia nem sempre premia o melhor e a bola da vez da noite parecia ser o bom-mas-nada-de-especial O Segredo de Brokeback Mountain. Parecia. Tudo indicava que Ang Lee paparia a estatueta de direção (papou), os roteiristas papariam a de roteiro (paparam) e os produtores sairiam com o prêmio mais cobiçado na noite (não saíram). Para a surpresa de todos, todos mesmo, Crash foi eleito o melhor filme. Foi até um momento estranho quando Jack Nicholson anunciou a obra de Paul Haggis como campeã máxima. O próprio Jack ficou surpresa, a mesma reação dos vencedores, que não pareciam acreditar. Mas, se o Oscar é um prêmio de qualidade, foi justíssimo. Crash é uma obra infinitamente superior a O Segredo de Brokeback Mountain, sendo a minha segunda opção logo após Munique. Porém, se os cowboys não ganharam melhor filme, pelo menos Ang Lee levou o de direção. Também não era minha primeira escolha, mas é sem dúvida um belíssimo trabalho do chinês, repleto de sensibilidade. Quanto ao prêmio de ator, foi inevitável. A brilhante e impecável composição de Philip Seymor Hoffman como Truman Capote era a favorita e realmente levou a estatueta. Gosto do trabalho de todos os outros indicados (com exceção de Terrence Howard, já que ainda não assisti Ritmo de um Sonho), mas Hoffman é 80% de Capote. Já atriz eu não posso opinar muito. O único filme das indicadas que assisti foi Johnny e June, da qual saiu a vencedora Reese Whiterspoon. Inegável que ela está muito bem no papel, só que me abstenho de dizer se foi merecido por não ter visto os outros filmes. No geral, foi uma premiação extremamente previsível. Era fácil de acertar a grande maioria dos escolhidos, com exceção da categoria principal, a de melhor filme, que surpreendeu a todos. Outros destaques? Acho que podem ser citados dois: o quase tombo de Jennifer Garner e a vitória de George Clooney como ator coadjuvante. Clooney é um sujeito muito bacana, sempre bem-humorado e politicamente engajado, além de um diretor talentoso. Não sei se merecia o prêmio que ganhou, mas foi bom vê-lo no palco. E foi isso. Agora é assistir ao resto dos filmes.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home