Filmes de junho
Eis a lista dos filmes que vi em junho, com os respectivos comentários.
BEIJOS E TIROS (KISS KISS BANG BANG) – EUA, 2005 ****1/2
De Shane Black. Com Robert Downey Jr., Val Kilmer, Michelle Monaghan e Corbin Bernsen.
Shane Black surpreende no seu primeiro trabalho de direção nesta inspirada história. Misturando film noir, comédia e impagáveis sátiras ao próprio cinema, Black cria uma trama divertidíssima, sustentada por alguns dos melhores diálogos dos últimos anos. Downey Jr. e Kilmer se divertem à beça nos papéis, neste filme que tem tudo para se tornar cult.
A NOIVA-CADÁVER (THE CORPSE BRIDE) – EUA, 2005 ****
De Tim Burton e Mike Johnson. Com as vozes de Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Emily Watson, Albert Finney e Christopher Lee.
Produção com o toque mágico e inconfundível de Tim Burton. Repleta de humor negro, personagens adoráveis e belíssimos momentos, A Noiva-Cadáver é uma animação de alta qualidade, voltada para os adultos. O roteiro é interessante, usando e abusando de divertidos trocadilhos relacionados ao tom fúnebre, mas é inegável que a grande atração do filme é seu visual magnífico – a composição dos personagens, a criação dos mundos e a própria animação em stop motion.
EM SEU LUGAR (IN HER SHOES) – EUA, 2005 ***1/2
De Curtis Hanson. Com Cameron Diaz, Toni Collette, Shirley MacLaine e Richard Burgi.
Hanson comprova sua versatilidade ao construir um competente drama sobre duas irmãs e seus problemas. O roteiro não oferece grandes novidades, mas as belas atuações de Collette e Diaz e a direção segura de Hanson garantem a qualidade do filme e alguns momentos emocionantes.
X-MEN 3: O CONFRONTO FINAL (X-MEN: THE LAST STAND) – EUA, 2006 ****
De Brett Ratner. Com Hugh Jackman, Halle Berry, Patrick Stewart, Ian McKellen, Famke Janssen, Kelsey Grammer, Anna Paquin, Rebecca Romijn, James Marsden e Vinnie Jones.
Episódio mais fraco da trilogia, mas ainda de alto nível. A entrada de Ratner no lugar de Bryan Singer reflete no filme, que parece um pouco menos preocupado com a questão das diferenças e da tolerância do que os anteriores. Mas o roteiro mantém a inteligência e Ratner constrói cenas de ação eficientes, enquanto alguns personagens ganham destaque, como Tempestade. No geral, um belo encerramento (segundo dizem os produtores) para uma ótima série.
O SOL DE CADA MANHÃ (THE WEATHER MAN) – EUA, 2005 ***1/2
De Gore Verbinski. Com Nicolas Cage, Michael Caine, Hope Davis e Nicholas Hoult.
Trabalho interessante de Verbinski, comandando uma produção completamente diferente de seus filmes anteriores. Ainda que a fórmula do homem desiludido com a vida esteja mostrando sinais de desgaste, O Sol de Cada Manhã é eficiente na construção dos personagens e possui bons momentos para ser recomendado. Pena que o final também decepcione, em uma solução abrupta e que não condiz com o tom do filme.
TODO MUNDO EM PÂNICO 4 (SCARY MOVIE 4) – EUA, 2006 ***
De David Zucker. Com Anna Faris, Craig Bierko, Leslie Nielsen, Chris Elliot e Bill Pullman.
Mesmo com algumas piadas idiotas, roteiro nulo e atuações risíveis, Todo Mundo em Pânico 4 é uma comédia que consegue fazer rir. O fato de atropelar uma piada em cima da outra deixa o filme um tanto irregular, uma vez que nem todas funcionam. Mas há boas cenas envolvendo paródias de sucessos recentes do cinema e outros momentos engraçados. Não é a oitava maravilha do mundo, mas cumpre seu papel.
DANÇA COMIGO (SHALL WE DANCE?) – EUA, 2004 ***
De Peter Chelsom. Com Richard Gere, Jennifer Lopez, Susan Sarandon e Stanley Tucci.
Historinha competente, sem grandes arroubos de inspiração, mas que segue a cartilha corretamente. O diretor Peter Chelsom consegue manter o sorriso no rosto do espectador, que acompanha sem dificuldades a trama. As atuações de Lopez e Gere comprometem o resultado, mas os coadjuvantes ganham o filme, como Stanley Tucci no papel do dançarino reprimido.
ALPHAVILLE – França, 1965 **1/2
De Jean-Luc Godard. Com Eddie Constantine, Anna Karina e Akim Tamiroff.
Alphaville é uma obra com algumas boas idéias e outras nem tanto, com um resultado final mediano. A história sobre uma cidade futurista (?) totalitária permite algumas reflexões, mas o roteiro às vezes parece mais bagunçado do que conciso. No entanto, a direção de Godard é eficiente e prende a atenção. Nada mais do que interessante.
VEM DANÇAR COMIGO (STRICTLY BALLROOM) – Austrália, 1992 ***
De Bah Luhrmann. Com Paul Mercurio, Tara Morice, Bill Hunter e Pat Thomson.
O primeiro filme de Baz Luhrmann já é uma boa mostra do talento do diretor. Com uma visão diferenciada, Luhrmann cria um universo quase surreal, explorando a fantasia, a extravagância e o humor. Apesar do roteiro bobinho, o resultado final é positivo, com bons momentos e exemplos do estilo que Luhrmann viria consagrar em seus filmes seguintes.
CONRACK – EUA, 1974 **
De Martin Ritt. Com Jon Voight, Hume Cronyn, Paul Winfield e Madge Sinclair.
Exceto a interpretação enérgica de Jon Voight, não há muito a recomendar nesse filme. A história do professor que inspira as crianças é prejudicada porque em nenhum momento acompanhamos a evolução dos alunos ou nos importamos com algum deles. Além disso, o personagem do diretor é um vilão unidimensional, malvado apenas porque quer.
O ÂNCORA – A LENDA DE RON BURGUNDY (ANCHORMAN – THE LEGEND OF RON BURGUNDY) – EUA, 2004 ***1/2
De Adam McKay. Com Will Ferrell, Christina Applegate, Paul Rudd, Steve Carell e Vince Vaughn.
Will Ferrell comprova mais uma vez que é um dos grandes nomes da comédia atual, com esta engraçada história sobre um âncora de TV famoso. Algumas das piadas são extremamente ridículas, mas funcionam graças ao ótimo elenco, todos com timing cômico exemplar (destaque para Steve Carell). Um ótimo programa.
De Shane Black. Com Robert Downey Jr., Val Kilmer, Michelle Monaghan e Corbin Bernsen.
Shane Black surpreende no seu primeiro trabalho de direção nesta inspirada história. Misturando film noir, comédia e impagáveis sátiras ao próprio cinema, Black cria uma trama divertidíssima, sustentada por alguns dos melhores diálogos dos últimos anos. Downey Jr. e Kilmer se divertem à beça nos papéis, neste filme que tem tudo para se tornar cult.
A NOIVA-CADÁVER (THE CORPSE BRIDE) – EUA, 2005 ****
De Tim Burton e Mike Johnson. Com as vozes de Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Emily Watson, Albert Finney e Christopher Lee.
Produção com o toque mágico e inconfundível de Tim Burton. Repleta de humor negro, personagens adoráveis e belíssimos momentos, A Noiva-Cadáver é uma animação de alta qualidade, voltada para os adultos. O roteiro é interessante, usando e abusando de divertidos trocadilhos relacionados ao tom fúnebre, mas é inegável que a grande atração do filme é seu visual magnífico – a composição dos personagens, a criação dos mundos e a própria animação em stop motion.
EM SEU LUGAR (IN HER SHOES) – EUA, 2005 ***1/2
De Curtis Hanson. Com Cameron Diaz, Toni Collette, Shirley MacLaine e Richard Burgi.
Hanson comprova sua versatilidade ao construir um competente drama sobre duas irmãs e seus problemas. O roteiro não oferece grandes novidades, mas as belas atuações de Collette e Diaz e a direção segura de Hanson garantem a qualidade do filme e alguns momentos emocionantes.
X-MEN 3: O CONFRONTO FINAL (X-MEN: THE LAST STAND) – EUA, 2006 ****
De Brett Ratner. Com Hugh Jackman, Halle Berry, Patrick Stewart, Ian McKellen, Famke Janssen, Kelsey Grammer, Anna Paquin, Rebecca Romijn, James Marsden e Vinnie Jones.
Episódio mais fraco da trilogia, mas ainda de alto nível. A entrada de Ratner no lugar de Bryan Singer reflete no filme, que parece um pouco menos preocupado com a questão das diferenças e da tolerância do que os anteriores. Mas o roteiro mantém a inteligência e Ratner constrói cenas de ação eficientes, enquanto alguns personagens ganham destaque, como Tempestade. No geral, um belo encerramento (segundo dizem os produtores) para uma ótima série.
O SOL DE CADA MANHÃ (THE WEATHER MAN) – EUA, 2005 ***1/2
De Gore Verbinski. Com Nicolas Cage, Michael Caine, Hope Davis e Nicholas Hoult.
Trabalho interessante de Verbinski, comandando uma produção completamente diferente de seus filmes anteriores. Ainda que a fórmula do homem desiludido com a vida esteja mostrando sinais de desgaste, O Sol de Cada Manhã é eficiente na construção dos personagens e possui bons momentos para ser recomendado. Pena que o final também decepcione, em uma solução abrupta e que não condiz com o tom do filme.
TODO MUNDO EM PÂNICO 4 (SCARY MOVIE 4) – EUA, 2006 ***
De David Zucker. Com Anna Faris, Craig Bierko, Leslie Nielsen, Chris Elliot e Bill Pullman.
Mesmo com algumas piadas idiotas, roteiro nulo e atuações risíveis, Todo Mundo em Pânico 4 é uma comédia que consegue fazer rir. O fato de atropelar uma piada em cima da outra deixa o filme um tanto irregular, uma vez que nem todas funcionam. Mas há boas cenas envolvendo paródias de sucessos recentes do cinema e outros momentos engraçados. Não é a oitava maravilha do mundo, mas cumpre seu papel.
DANÇA COMIGO (SHALL WE DANCE?) – EUA, 2004 ***
De Peter Chelsom. Com Richard Gere, Jennifer Lopez, Susan Sarandon e Stanley Tucci.
Historinha competente, sem grandes arroubos de inspiração, mas que segue a cartilha corretamente. O diretor Peter Chelsom consegue manter o sorriso no rosto do espectador, que acompanha sem dificuldades a trama. As atuações de Lopez e Gere comprometem o resultado, mas os coadjuvantes ganham o filme, como Stanley Tucci no papel do dançarino reprimido.
ALPHAVILLE – França, 1965 **1/2
De Jean-Luc Godard. Com Eddie Constantine, Anna Karina e Akim Tamiroff.
Alphaville é uma obra com algumas boas idéias e outras nem tanto, com um resultado final mediano. A história sobre uma cidade futurista (?) totalitária permite algumas reflexões, mas o roteiro às vezes parece mais bagunçado do que conciso. No entanto, a direção de Godard é eficiente e prende a atenção. Nada mais do que interessante.
VEM DANÇAR COMIGO (STRICTLY BALLROOM) – Austrália, 1992 ***
De Bah Luhrmann. Com Paul Mercurio, Tara Morice, Bill Hunter e Pat Thomson.
O primeiro filme de Baz Luhrmann já é uma boa mostra do talento do diretor. Com uma visão diferenciada, Luhrmann cria um universo quase surreal, explorando a fantasia, a extravagância e o humor. Apesar do roteiro bobinho, o resultado final é positivo, com bons momentos e exemplos do estilo que Luhrmann viria consagrar em seus filmes seguintes.
CONRACK – EUA, 1974 **
De Martin Ritt. Com Jon Voight, Hume Cronyn, Paul Winfield e Madge Sinclair.
Exceto a interpretação enérgica de Jon Voight, não há muito a recomendar nesse filme. A história do professor que inspira as crianças é prejudicada porque em nenhum momento acompanhamos a evolução dos alunos ou nos importamos com algum deles. Além disso, o personagem do diretor é um vilão unidimensional, malvado apenas porque quer.
O ÂNCORA – A LENDA DE RON BURGUNDY (ANCHORMAN – THE LEGEND OF RON BURGUNDY) – EUA, 2004 ***1/2
De Adam McKay. Com Will Ferrell, Christina Applegate, Paul Rudd, Steve Carell e Vince Vaughn.
Will Ferrell comprova mais uma vez que é um dos grandes nomes da comédia atual, com esta engraçada história sobre um âncora de TV famoso. Algumas das piadas são extremamente ridículas, mas funcionam graças ao ótimo elenco, todos com timing cômico exemplar (destaque para Steve Carell). Um ótimo programa.
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