Gripe do exagero.
Vou ser sincero com vocês: essa tal de nova gripe ainda não me pegou. Não digo o vírus em si, que também ainda não entrou nesse corpinho, mas falo sobre toda essa paranoia que tem tomado conta do povo por aí. Sei que é um problema sério, sei que já ocorreram muitas fatalidades, mas também sei que o negócio não é tão feio como muita gente pensa. Não vai ser uma nova gripe espanhola, não vai dizimar a população e só vai atingir quem não tomar o mínimo dos cuidados que os meios de comunicação não param de divulgar.
Mas o desespero parece generalizado. Tem gente tomando isso como o apocalipse final, o toque das trombetas, as nuvens se abrindo. Tudo isso me parece meio exagerado. Há alguns dias, um bando de assaltantes invadiu um banco usando máscaras. Eles roubaram o local com armas em punho, claro, mas acho que com todo o medo que cerca a sociedade eles nem precisariam de revólveres.
Imaginem comigo a cena: entram três homens em um banco. Os três usando essas máscaras de Michael Jackson (aliás, até nisso o Jacko estava à frente de seu tempo). O primeiro se dirige ao segurança, enquanto os outros dois anunciam aos berros:
- Atenção: isso é um assalto! Acabamos de sair do médico e está comprovado que estamos com a gripe suína. Se vocês não seguirem nossas ordens, vamos tirar as máscaras e cuspir na cara de cada um.
Não tenho dúvidas de que, no estado atual das coisas, todo mundo cederia. O pobre do vigia entregaria sua arma e os trabalhadores brasileiros nada fariam, pensando unicamente em evitar que o tal do H1N1 caminhe livremente por seus glóbulos. Se algum assaltante lê meu blog, fica a dica.
Há alguns dias, ouvi diversos amigos dizerem que não saem mais pra noite enquanto essa ameaça não estiver eliminada. Ainda não aconteceu comigo ou com alguém que conheço, mas já posso imaginar uma cena de paquera entre um homem e uma mulher nesses tempos de gripe A:
- Oi – diz ele. – Qual seu nome?
- Juliana.
- Você tem gripe A?
- Olha, acho que não.
- Alguém na família teve?
- Não que eu saiba.
- Alguém no trabalho teve?
- Também não.
- Então eu posso te beijar?
Claro, se ele não levar um tapa na cara pelo atrevimento, ela pode até gostar da ousadia e os dois viverem felizes para sempre. Ou, pelo menos, até a manhã do dia seguinte.
O grande problema de tudo isso é o exagero. Se cada um tomar as precauções necessárias, ninguém precisa se preocupar e mudar a rotina. Um pouco de cautela sempre é bom. Mas a paranoia pode ser uma doença fatal. Ainda mais que essa tal gripe.
Mas o desespero parece generalizado. Tem gente tomando isso como o apocalipse final, o toque das trombetas, as nuvens se abrindo. Tudo isso me parece meio exagerado. Há alguns dias, um bando de assaltantes invadiu um banco usando máscaras. Eles roubaram o local com armas em punho, claro, mas acho que com todo o medo que cerca a sociedade eles nem precisariam de revólveres.
Imaginem comigo a cena: entram três homens em um banco. Os três usando essas máscaras de Michael Jackson (aliás, até nisso o Jacko estava à frente de seu tempo). O primeiro se dirige ao segurança, enquanto os outros dois anunciam aos berros:
- Atenção: isso é um assalto! Acabamos de sair do médico e está comprovado que estamos com a gripe suína. Se vocês não seguirem nossas ordens, vamos tirar as máscaras e cuspir na cara de cada um.
Não tenho dúvidas de que, no estado atual das coisas, todo mundo cederia. O pobre do vigia entregaria sua arma e os trabalhadores brasileiros nada fariam, pensando unicamente em evitar que o tal do H1N1 caminhe livremente por seus glóbulos. Se algum assaltante lê meu blog, fica a dica.
Há alguns dias, ouvi diversos amigos dizerem que não saem mais pra noite enquanto essa ameaça não estiver eliminada. Ainda não aconteceu comigo ou com alguém que conheço, mas já posso imaginar uma cena de paquera entre um homem e uma mulher nesses tempos de gripe A:
- Oi – diz ele. – Qual seu nome?
- Juliana.
- Você tem gripe A?
- Olha, acho que não.
- Alguém na família teve?
- Não que eu saiba.
- Alguém no trabalho teve?
- Também não.
- Então eu posso te beijar?
Claro, se ele não levar um tapa na cara pelo atrevimento, ela pode até gostar da ousadia e os dois viverem felizes para sempre. Ou, pelo menos, até a manhã do dia seguinte.
O grande problema de tudo isso é o exagero. Se cada um tomar as precauções necessárias, ninguém precisa se preocupar e mudar a rotina. Um pouco de cautela sempre é bom. Mas a paranoia pode ser uma doença fatal. Ainda mais que essa tal gripe.
2 Comments:
CONCORDO em gênero, número e grau! Eu ainda não caí na tentação de passar aquele gelzinho que sempre alguém carrega na bolsa... Bjo!
Realmente é a gripe do exagero. As pessoas confundem "cuidados" com desespero. Excelente crônica!
Post a Comment
<< Home