O Apanhador no Campo de Centeio
Em 1980, um maluco chamado Tracy Chapman assassinou John Lennon em frente ao edifício Dakota, em New York. Quando preso, trazia debaixo do braço um dos livros mais icônicos da literatura mundial. Perguntado sobre as razões para o crime, Chapman respondeu:
- Leiam O Apanhador no Campo de Centeio. Meus motivos estão todos lá.
Pois bem. Li O Apanhador no Campo de Centeio na época do colégio, há uns oito ou nove anos. Até então, não sabia da relação da obra de J.D. Salinger com o assassinato do ex-Beatle. Reli, agora, e continuo não entendendo os motivos de Chapman.
O que dá pra entender é porque O Apanhador no Campo de Centeio tornou-se uma das obras mais cultuadas e adoradas da literatura. O misterioso Salinger conseguiu, em apenas duzentas páginas, versar sobre toda a insatisfação, inconformismo e falta de rumo da juventude. Sua história, que acompanha um final de semana na vida do riquinho Holden Caufield, tornou-se bíblia da juventude norte-americana, que encontrou no protagonista uma representação acurada de seus sentimentos.
Caufield é um jovem recém-expulso do colégio que não quer voltar para casa antes da data prevista, para que seus pais não saibam que levou bomba. Então, tenta matar o tempo de todas as formas, revelando ao leitor sua indignação com o mundo, com as pessoas, com as aparências, enquanto tenta encontrar um caminho para si mesmo.
O que Salinger atingiu com sua obra foi um equilíbrio perfeito entre a exposição da alma atormentada de um jovem e uma narrativa extremamente agradável de ler. A narrativa é realizada em “fluxo de consciência”, com o personagem falando sobre diversos assuntos ao mesmo tempo, muitas vezes sem coesão alguma. O bom-humor está presente, sempre com os comentários ácidos de Caufield, e o personagem ainda encontra espaço para expor sua humanidade, especialmente em direção aos fracos – como crianças e derrotados.
O Apanhador no Campo de Centeio é, sim, uma leitura obrigatória tanto para quem gosta de literatura quanto para qualquer jovem do mundo, apesar da péssima tradução para o português. O livro, lançado em 1951, foi uma febre e, por tratar principalmente de temas interiores da juventude, continua atual ainda hoje.
Uma obra que, provavelmente, até Holden Caufield teria gostado.
- Leiam O Apanhador no Campo de Centeio. Meus motivos estão todos lá.
Pois bem. Li O Apanhador no Campo de Centeio na época do colégio, há uns oito ou nove anos. Até então, não sabia da relação da obra de J.D. Salinger com o assassinato do ex-Beatle. Reli, agora, e continuo não entendendo os motivos de Chapman.
O que dá pra entender é porque O Apanhador no Campo de Centeio tornou-se uma das obras mais cultuadas e adoradas da literatura. O misterioso Salinger conseguiu, em apenas duzentas páginas, versar sobre toda a insatisfação, inconformismo e falta de rumo da juventude. Sua história, que acompanha um final de semana na vida do riquinho Holden Caufield, tornou-se bíblia da juventude norte-americana, que encontrou no protagonista uma representação acurada de seus sentimentos.
Caufield é um jovem recém-expulso do colégio que não quer voltar para casa antes da data prevista, para que seus pais não saibam que levou bomba. Então, tenta matar o tempo de todas as formas, revelando ao leitor sua indignação com o mundo, com as pessoas, com as aparências, enquanto tenta encontrar um caminho para si mesmo.
O que Salinger atingiu com sua obra foi um equilíbrio perfeito entre a exposição da alma atormentada de um jovem e uma narrativa extremamente agradável de ler. A narrativa é realizada em “fluxo de consciência”, com o personagem falando sobre diversos assuntos ao mesmo tempo, muitas vezes sem coesão alguma. O bom-humor está presente, sempre com os comentários ácidos de Caufield, e o personagem ainda encontra espaço para expor sua humanidade, especialmente em direção aos fracos – como crianças e derrotados.
O Apanhador no Campo de Centeio é, sim, uma leitura obrigatória tanto para quem gosta de literatura quanto para qualquer jovem do mundo, apesar da péssima tradução para o português. O livro, lançado em 1951, foi uma febre e, por tratar principalmente de temas interiores da juventude, continua atual ainda hoje.
Uma obra que, provavelmente, até Holden Caufield teria gostado.
3 Comments:
Também não vejo ligação entre o livro e a morte de Lennon, mas que é um belo livro, isso é. Ao ler seu texto, lembrei da cantora Tracy Chapman. Seria ela se inspirado no assassino para matar a música?
Na verdade, o erro foi meu. O nome do maluco é Mark David Chapman. Tracy é a cantora mesmo.
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