Visitas
Eram sete e doze da manhã quando Beto e Juliana entraram na casa dele.
- Pai? Mãe? O que estão fazendo aqui? – exclamou Beto, ao ver seus pais na mesa tomando café da manhã.
- Viemos visitá-lo, Rô – a mãe respondeu, já analisando Juliana dos pés à cabeça.
- Porra, mãe, já disse que não gosto que vocês apareçam sem me avisar!
- Rô, olha o nome! Não fale assim na frente da sua mãe! – disse ela.
- Foi idéia da sua mãe vir pra cá – falou o pai, lendo o jornal.
- Minha idéia uma ova, Darci. Você que precisou vir pra capital pra examinar esse coração aí.
O pai apenas resmungou.
- Além disso, Rô, se você não quisesse a gente aqui não teria nos dado a chave do apartamento.
- Mãe, nunca dei a chave pra você. Pensando nisso, a minha cópia desapareceu...
- Isso não vem ao caso, Rô. Sente-se na mesa e vamos tomar um café.
- Não quero café, mãe. Acabei de chegar de uma noitada e quero ir pro meu quarto.
- Com ela? Quem é? – perguntou a mãe.
- Uma amiga – respondeu Beto.
- Amiga? – a mãe repetiu.
- Sim, amiga.
Dirigindo-se a Juliana, a mãe perguntou:
- Quando é o aniversário do Roberto?
Juliana ficou em dúvida se respondia ou não. Beto intercedeu:
- Que é isso, mãe? Vai interrogar ela agora?
- Não é interrogatório, mas amigos sabem os aniversários dos amigos.
- Bom, a Juliana tem problema em lembrar datas.
- Juliana, é? – disse, novamente analisando a garota. Virou-se para Darci e disse: - Olha, Darci. Mesmo nome da filha do Ernesto, aquela guriazinha que já se deitou com todo mundo na em Tarandé.
- Mãe, por favor... Ju, desculpa.
A moça nada disse. O pai de Roberto não tirava os olhos dela.
- Bem, meu filho. Muito bem – disse Darci, com um sorriso e piscando o olho para o filho.
A mãe deu um tapa na careca do pai.
- Te controla, Darci. Vai ficar espichando o olho pra qualquer rabo-de-saia que seu filho traz pra casa?
- Ela não é qualquer rabo-de-saia, mãe.
- Ah, não? Desde quando você conhece ela?
- Isso não vem ao caso.
- Claro que vem – disse a mãe. Em seguida, caminhou na direção de Juliana e, com um dedo em riste, vociferou – Escute aqui, mocinha. O Rô é um guri de família, sério e dedicado. Você não pode ficar pensando que vai...
- Mãe! – gritou Beto. – Chega! O que é isso? Você acha que pode chegar aqui e fazer minha amiga passar vergonha?
- Amiga? – perguntou a mãe.
- Sim, amiga!
- Bem, filho. Muito bem – exclamou o pai, novamente, aprovando.
- Chega dessa confusão! Quero os dois fora daqui agora mesmo!
A mãe pareceu tomar um susto.
- Isso é jeito de falar com a sua mãe, Roberto? – berrou a mãe.
- Não me interessa, mãe. Isso é falta de respeito. Quero que vocês dois vão pra um hotel e depois eu ligo pra vocês.
- Vamos, Marli – falou o pai, já se levantando. –Vamos deixar os dois sozinhos.
- Não! – esbravejou a mãe. – Se eles são só amigos, não vão ter problemas com a nossa companhia.
- Mãe, nós não somos só amigos! Eu conheci a Ju hoje em uma festa. Eu estava bêbado e ela também. Nós nos beijamos, nos apalpamos e estávamos indo transar quando encontrei vocês. Entendeu? Tran-sar! Sexo! Nós dois, nus, suados, gozando! Entendeu agora porque quero vocês dois fora daqui!?
Nesse momento, Beto recebeu um tapa. Ao contrário do que imaginava, não de sua mãe, mas de Juliana.
- Quem você pensa que eu sou? Você só me queria para isso, né? Grosso! – falou a moça, antes de sair do apartamento batendo a porta.
- Feliz agora, mãe? – perguntou Beto, indignado.
A mãe deu de ombros e voltou a arrumar a mesa do café. Disse, com voz suave:
- Parecia uma boa moça, filho. Pena que não deu certo.
- Pai? Mãe? O que estão fazendo aqui? – exclamou Beto, ao ver seus pais na mesa tomando café da manhã.
- Viemos visitá-lo, Rô – a mãe respondeu, já analisando Juliana dos pés à cabeça.
- Porra, mãe, já disse que não gosto que vocês apareçam sem me avisar!
- Rô, olha o nome! Não fale assim na frente da sua mãe! – disse ela.
- Foi idéia da sua mãe vir pra cá – falou o pai, lendo o jornal.
- Minha idéia uma ova, Darci. Você que precisou vir pra capital pra examinar esse coração aí.
O pai apenas resmungou.
- Além disso, Rô, se você não quisesse a gente aqui não teria nos dado a chave do apartamento.
- Mãe, nunca dei a chave pra você. Pensando nisso, a minha cópia desapareceu...
- Isso não vem ao caso, Rô. Sente-se na mesa e vamos tomar um café.
- Não quero café, mãe. Acabei de chegar de uma noitada e quero ir pro meu quarto.
- Com ela? Quem é? – perguntou a mãe.
- Uma amiga – respondeu Beto.
- Amiga? – a mãe repetiu.
- Sim, amiga.
Dirigindo-se a Juliana, a mãe perguntou:
- Quando é o aniversário do Roberto?
Juliana ficou em dúvida se respondia ou não. Beto intercedeu:
- Que é isso, mãe? Vai interrogar ela agora?
- Não é interrogatório, mas amigos sabem os aniversários dos amigos.
- Bom, a Juliana tem problema em lembrar datas.
- Juliana, é? – disse, novamente analisando a garota. Virou-se para Darci e disse: - Olha, Darci. Mesmo nome da filha do Ernesto, aquela guriazinha que já se deitou com todo mundo na em Tarandé.
- Mãe, por favor... Ju, desculpa.
A moça nada disse. O pai de Roberto não tirava os olhos dela.
- Bem, meu filho. Muito bem – disse Darci, com um sorriso e piscando o olho para o filho.
A mãe deu um tapa na careca do pai.
- Te controla, Darci. Vai ficar espichando o olho pra qualquer rabo-de-saia que seu filho traz pra casa?
- Ela não é qualquer rabo-de-saia, mãe.
- Ah, não? Desde quando você conhece ela?
- Isso não vem ao caso.
- Claro que vem – disse a mãe. Em seguida, caminhou na direção de Juliana e, com um dedo em riste, vociferou – Escute aqui, mocinha. O Rô é um guri de família, sério e dedicado. Você não pode ficar pensando que vai...
- Mãe! – gritou Beto. – Chega! O que é isso? Você acha que pode chegar aqui e fazer minha amiga passar vergonha?
- Amiga? – perguntou a mãe.
- Sim, amiga!
- Bem, filho. Muito bem – exclamou o pai, novamente, aprovando.
- Chega dessa confusão! Quero os dois fora daqui agora mesmo!
A mãe pareceu tomar um susto.
- Isso é jeito de falar com a sua mãe, Roberto? – berrou a mãe.
- Não me interessa, mãe. Isso é falta de respeito. Quero que vocês dois vão pra um hotel e depois eu ligo pra vocês.
- Vamos, Marli – falou o pai, já se levantando. –Vamos deixar os dois sozinhos.
- Não! – esbravejou a mãe. – Se eles são só amigos, não vão ter problemas com a nossa companhia.
- Mãe, nós não somos só amigos! Eu conheci a Ju hoje em uma festa. Eu estava bêbado e ela também. Nós nos beijamos, nos apalpamos e estávamos indo transar quando encontrei vocês. Entendeu? Tran-sar! Sexo! Nós dois, nus, suados, gozando! Entendeu agora porque quero vocês dois fora daqui!?
Nesse momento, Beto recebeu um tapa. Ao contrário do que imaginava, não de sua mãe, mas de Juliana.
- Quem você pensa que eu sou? Você só me queria para isso, né? Grosso! – falou a moça, antes de sair do apartamento batendo a porta.
- Feliz agora, mãe? – perguntou Beto, indignado.
A mãe deu de ombros e voltou a arrumar a mesa do café. Disse, com voz suave:
- Parecia uma boa moça, filho. Pena que não deu certo.
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