Filmes de agosto
Com atraso, os filmes que vi em agosto.
Quero Ficar com Polly (Along Came Polly) – EUA, 2004 **1/2
De John Hamburg. Com Ben Stiller, Jennifer Aniston, Phillip Seymour Hoffman, Debra Messing, Alec Baldwin e Hank Azaria.
Comédia romântica pouco inspirada, que escapa do desastre graças ao talento do elenco. Ben Stiller faz o papel de sempre (o do idiota se metendo em enrascadas) e Jennifer Aniston confirma mais uma vez sua ótima presença em tela. Mas o destaque fica mesmo por conta dos coadjuvantes, como Hank Azaria, Alec Baldwin e, especialmente, o talentoso Phillip Seymour Hoffman.
O Vôo da Fênix (The Flight of the Phoenix) – EUA, 2004 *
De John Moore. Com Dennis Quaid, Giovanni Ribisi, Tyrese Gibbons, Miranda Otto e Hugh Laurie.
Nada funciona neste filme. O roteiro é uma bagunça, a direção desleixada e as atuações canhestras. Dennis Quaid enterra seus recentes bons papéis com este personagem raso em um filme com situações incompreensíveis e de fazer rir. Salva-se apenas o mistério em torno do personagem de Ribisi.
O Lenhador (The Woodsman) – EUA, 2004 *****
De Nicole Kassel. Com Kevin Bacon, Kyra Sedgwick, David Alan Grier, Eve, Benjamin Bratt e Mos Def.
A maior surpresa em O Lenhador é a extraordinária performance de Kevin Bacon, que assume o complexo personagem de forma sensacional e brilha em diversos momentos. Mas o filme tem outras qualidades. A diretora trata o difícil tema com cuidado, construindo uma obra séria que foca sempre no conflito interior do personagem principal. O resultado final é um belíssimo retrato de uma mente perturbada.
A Fantástica Fábrica de Chocolates (Charlie and the Chocolate Factory) – EUA, 2005 *****
De Tim Burton. Com Johnny Depp, Freddie Highmore, David Kelly e Helena Bonhan Carter.
Um espetáculo com o toque único de Tim Burton, A Fantástica Fábrica de Chocolates é um magnífico exercício de criatividade. Com um visual de encher os olhos, Burton conta uma fábula para adultos, recheada de humor negro e situações estranhas. Johnny Depp, como sempre, está perfeito no papel de Wonka, e é centro deste filme diferente, surreal e absolutamente maravilhoso.
Sin City – A Cidade do Pecado (Sin City) – EUA, 2005 *****
De Robert Rodriguez e Frank Miller. Com Mickey Rourke, Bruce Willis, Clive Owen, Benicio Del Toro, Jessica Alba, Rosario Dawson, Elijah Wood, Nick Stahl, Rutger Hauer, Michael Madsen, Brittany Murphy, Michael Clarke Duncan e Josh Hartnett.
A transposição da obra-prima dos quadrinhos de Frank Miller para os cinemas encontrou o diretor ideal em Robert Rodriguez. O cineasta recriou de forma brilhante o mundo de Miller, com uma técnica inovadora e muito talento. O resultado é um filme deslumbrante em termos visuais, que narra três histórias sem perder o nível. Grandes personagens, atuações e diálogos inesquecíveis fecham o pacote, construindo um dos melhores filmes do ano.
Kung Fu Futebol Clube (Siu lam juk kau) – Hong Kong/China, 2001 ***
De Stephen Chow. Com Stephen Chow, Vicki Zhao, Man Tag Ng e Yin Tse.
Quem ainda não tinha visto este filme pela internet agora tem a chance. Mais conhecido como Shaolin Soccer, a obra tem seus bons momentos, mas não é tudo o que foi propagado. Os efeitos especiais são ótimos e algumas sacadas denotam brilhantismo, mas as situações cômicas parecem forçadas em várias ocasiões. Ainda sim, é uma boa pedida.
Vozes Inocentes (Voces Inocentes) – México, 2004 *****
De Luis Mandoki. Com Carlos Padilla, Leonor Varela, Xuna Primus e Gustavo Muñoz.
Mais um daqueles filmes sensacionais que quase ninguém vai ver. Uma pena, pois Vozes Inocentes consegue aliar forte conteúdo social com uma narrativa agradável e fácil de se assistir. Méritos do diretor Mandoki, que jamais deixa o ritmo cair e encontra um protagonista perfeito no jovem Carlos Padilla. Emocionante, engraçado e relevante.
A Ilha (The Island) – EUA, 2005 ***1/2
De Michael Bay. Com Ewan McGregor, Scarlett Johansson, Sean Bean, Steve Buscemi, Djimon Honsou e Michael Clarke Duncan.
Para resumir em uma frase, A Ilha é um filme que caiu nas mãos do diretor errado. A excelente premissa foi transformada em cenas de ação dispensáveis por Michael Bay, prejudicando o resultado final de uma obra que poderia ser uma grande ficção-científica. O resultado final é positivo, mas fica a sensação de que poderia ter sido muito mais, também pelo fato de desperdiçar o imenso potencial artístico dos protagonistas.
As Neves do Kilimanjaro (The Snows of Kilimanjaro) – EUA, 1952 *
De Henry King. Com Gregory Peck, Ava Gardner, Susan Hayward e Leo G. Carroll.
Terrível adaptação da obra de Ernest Hemingway. Sem ritmo algum, o filme parece ter sido feito em casa, com efeitos especiais toscos (mesmo para a época) e uma edição que deixa a desejar. A trama não anda e os personagens são ralos. Nem a beleza de Ava Gardner salva As Neves do Kilimanjaro do desastre.
Penetras Bons de Bico (Wedding Crashers) – EUA, 2005 ***1/2
De David Dobkin. Com Owen Wilson, Vince Vaughn, Rachel McAdams, Christopher Walken e Isla Fisher.
Com ótima química entre os protagonistas, Penetras Bons de Bico é uma bela surpresa. Uma comédia que consegue fazer o espectador rir em diversos momentos, tanto pelo roteiro quanto pelas atuações (especialmente o enérgico Vaughn). A obra perde um pouco do vigor quando troca o lado engraçado pelo romance, mas é, indiscutivelmente, uma das melhores comédias dos últimos anos.
P.S.: apaixonei-me por Rachel McAdams.
Violação de Privacidade (The Final Cut) – Canadá, 2004 ***
De Omar Naim. Com Robin Williams, Mira Sorvino, James Caviezel e Mimi Kuzyk.
Outra boa idéia que poderia ter rendido bem mais. O tema central é original e com muitas possibilidades, mas o roteiro se perde em subtramas desnecessárias e pouco atraentes. Robin Williams, porém, destaca-se mais uma vez, construindo um personagem convincente e pouco comum em sua filmografia.
Jogos Mortais (Saw) – EUA, 2004 **1/2
De James Wan. Com Cary Elwes, Leigh Wannell, Danny Glover, Monica Potter e Dina Meyer.
Um dos filmes mais superestimados do ano. Jogos Mortais tem vinte minutos iniciais de pura tensão e mistério, que poderiam ter resultado em uma grande obra de suspense. Pena que o diretor tenha optado por jogar tudo fora em troca de uma caçada sem graça a um serial killer, em um roteiro cheio de furos e que apenas desce ladeira abaixo. O final traz uma surpresa interessante – ainda que pouco verossímil.
Adorável Julia (Being Julia) – Canadá/EUA/Inglaterra, 2004 ****
De István Szabó. Com Annette Bening, Michael Gambon, Jeremy Irons e Shaun Evans.
Annette Bening brilha do início ao fim nesta história contada com segurança por István Szabó. Ainda que o filme pareça se arrastar por alguns momentos, Bening carrega a obra até o grandioso final, onde ela tem aquele que é, provavelmente, o melhor momento de sua carreira. Uma verdadeira aula de interpretação de uma atriz madura em pleno domínio de sua personagem.
O Vôo da Fênix (The Flight of the Phoenix) – EUA, 2004 *
De John Moore. Com Dennis Quaid, Giovanni Ribisi, Tyrese Gibbons, Miranda Otto e Hugh Laurie.
Nada funciona neste filme. O roteiro é uma bagunça, a direção desleixada e as atuações canhestras. Dennis Quaid enterra seus recentes bons papéis com este personagem raso em um filme com situações incompreensíveis e de fazer rir. Salva-se apenas o mistério em torno do personagem de Ribisi.
O Lenhador (The Woodsman) – EUA, 2004 *****
De Nicole Kassel. Com Kevin Bacon, Kyra Sedgwick, David Alan Grier, Eve, Benjamin Bratt e Mos Def.
A maior surpresa em O Lenhador é a extraordinária performance de Kevin Bacon, que assume o complexo personagem de forma sensacional e brilha em diversos momentos. Mas o filme tem outras qualidades. A diretora trata o difícil tema com cuidado, construindo uma obra séria que foca sempre no conflito interior do personagem principal. O resultado final é um belíssimo retrato de uma mente perturbada.
A Fantástica Fábrica de Chocolates (Charlie and the Chocolate Factory) – EUA, 2005 *****
De Tim Burton. Com Johnny Depp, Freddie Highmore, David Kelly e Helena Bonhan Carter.
Um espetáculo com o toque único de Tim Burton, A Fantástica Fábrica de Chocolates é um magnífico exercício de criatividade. Com um visual de encher os olhos, Burton conta uma fábula para adultos, recheada de humor negro e situações estranhas. Johnny Depp, como sempre, está perfeito no papel de Wonka, e é centro deste filme diferente, surreal e absolutamente maravilhoso.
Sin City – A Cidade do Pecado (Sin City) – EUA, 2005 *****
De Robert Rodriguez e Frank Miller. Com Mickey Rourke, Bruce Willis, Clive Owen, Benicio Del Toro, Jessica Alba, Rosario Dawson, Elijah Wood, Nick Stahl, Rutger Hauer, Michael Madsen, Brittany Murphy, Michael Clarke Duncan e Josh Hartnett.
A transposição da obra-prima dos quadrinhos de Frank Miller para os cinemas encontrou o diretor ideal em Robert Rodriguez. O cineasta recriou de forma brilhante o mundo de Miller, com uma técnica inovadora e muito talento. O resultado é um filme deslumbrante em termos visuais, que narra três histórias sem perder o nível. Grandes personagens, atuações e diálogos inesquecíveis fecham o pacote, construindo um dos melhores filmes do ano.
Kung Fu Futebol Clube (Siu lam juk kau) – Hong Kong/China, 2001 ***
De Stephen Chow. Com Stephen Chow, Vicki Zhao, Man Tag Ng e Yin Tse.
Quem ainda não tinha visto este filme pela internet agora tem a chance. Mais conhecido como Shaolin Soccer, a obra tem seus bons momentos, mas não é tudo o que foi propagado. Os efeitos especiais são ótimos e algumas sacadas denotam brilhantismo, mas as situações cômicas parecem forçadas em várias ocasiões. Ainda sim, é uma boa pedida.
Vozes Inocentes (Voces Inocentes) – México, 2004 *****
De Luis Mandoki. Com Carlos Padilla, Leonor Varela, Xuna Primus e Gustavo Muñoz.
Mais um daqueles filmes sensacionais que quase ninguém vai ver. Uma pena, pois Vozes Inocentes consegue aliar forte conteúdo social com uma narrativa agradável e fácil de se assistir. Méritos do diretor Mandoki, que jamais deixa o ritmo cair e encontra um protagonista perfeito no jovem Carlos Padilla. Emocionante, engraçado e relevante.
A Ilha (The Island) – EUA, 2005 ***1/2
De Michael Bay. Com Ewan McGregor, Scarlett Johansson, Sean Bean, Steve Buscemi, Djimon Honsou e Michael Clarke Duncan.
Para resumir em uma frase, A Ilha é um filme que caiu nas mãos do diretor errado. A excelente premissa foi transformada em cenas de ação dispensáveis por Michael Bay, prejudicando o resultado final de uma obra que poderia ser uma grande ficção-científica. O resultado final é positivo, mas fica a sensação de que poderia ter sido muito mais, também pelo fato de desperdiçar o imenso potencial artístico dos protagonistas.
As Neves do Kilimanjaro (The Snows of Kilimanjaro) – EUA, 1952 *
De Henry King. Com Gregory Peck, Ava Gardner, Susan Hayward e Leo G. Carroll.
Terrível adaptação da obra de Ernest Hemingway. Sem ritmo algum, o filme parece ter sido feito em casa, com efeitos especiais toscos (mesmo para a época) e uma edição que deixa a desejar. A trama não anda e os personagens são ralos. Nem a beleza de Ava Gardner salva As Neves do Kilimanjaro do desastre.
Penetras Bons de Bico (Wedding Crashers) – EUA, 2005 ***1/2
De David Dobkin. Com Owen Wilson, Vince Vaughn, Rachel McAdams, Christopher Walken e Isla Fisher.
Com ótima química entre os protagonistas, Penetras Bons de Bico é uma bela surpresa. Uma comédia que consegue fazer o espectador rir em diversos momentos, tanto pelo roteiro quanto pelas atuações (especialmente o enérgico Vaughn). A obra perde um pouco do vigor quando troca o lado engraçado pelo romance, mas é, indiscutivelmente, uma das melhores comédias dos últimos anos.
P.S.: apaixonei-me por Rachel McAdams.
Violação de Privacidade (The Final Cut) – Canadá, 2004 ***
De Omar Naim. Com Robin Williams, Mira Sorvino, James Caviezel e Mimi Kuzyk.
Outra boa idéia que poderia ter rendido bem mais. O tema central é original e com muitas possibilidades, mas o roteiro se perde em subtramas desnecessárias e pouco atraentes. Robin Williams, porém, destaca-se mais uma vez, construindo um personagem convincente e pouco comum em sua filmografia.
Jogos Mortais (Saw) – EUA, 2004 **1/2
De James Wan. Com Cary Elwes, Leigh Wannell, Danny Glover, Monica Potter e Dina Meyer.
Um dos filmes mais superestimados do ano. Jogos Mortais tem vinte minutos iniciais de pura tensão e mistério, que poderiam ter resultado em uma grande obra de suspense. Pena que o diretor tenha optado por jogar tudo fora em troca de uma caçada sem graça a um serial killer, em um roteiro cheio de furos e que apenas desce ladeira abaixo. O final traz uma surpresa interessante – ainda que pouco verossímil.
Adorável Julia (Being Julia) – Canadá/EUA/Inglaterra, 2004 ****
De István Szabó. Com Annette Bening, Michael Gambon, Jeremy Irons e Shaun Evans.
Annette Bening brilha do início ao fim nesta história contada com segurança por István Szabó. Ainda que o filme pareça se arrastar por alguns momentos, Bening carrega a obra até o grandioso final, onde ela tem aquele que é, provavelmente, o melhor momento de sua carreira. Uma verdadeira aula de interpretação de uma atriz madura em pleno domínio de sua personagem.
1 Comments:
Por onde tu andaaaa???
saudades...
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