Filmes de Julho
Rede de Intrigas (Network) – EUA, 1976
De Sidney Lumet. Com Faye Dunaway, William Holden, Peter Finch, Robert Duvall e Ned Beatty.
Fantástico em sua sátira/crítica à imbecilização promovida pelos meios de comunicação, com discursos certeiros e diálogos afiados entregues por grandes atores. Há momentos desnecessários, como a relação entre Holden e Dunaway, mas segue um grande filme de Lumet.
Nota: 8.0
Infâmia (The Children’s Hour) – EUA, 1961
De William Wyler. Com Audrey Hepburn, Shirley MacLaine, James Garner e Miriam Hopkins.
O mestre Wyler tem dificuldades na primeira metade, que não chega a empolgar, principalmente por conta da irritante personagem ary. Mas a obra cresce após a divulgação da calúnia, com ótimos diálogos e interpretações densas de Hepburn e MacLaine. A cena do destino final de MacLaine é filmada de forma brilhante por Wyler.
Nota: 7.0
Laura – EUA, 1944
De Otto Preminger. Com Dana Andrews, Gene Tierney, Clifton Webb, Vincent Price e Judith Anderson.
Direção estilosa, personagens complexos, diálogos inspirados, trilha sonora inesquecível. Tudo isso somado ao roteiro que traz uma das maiores reviravoltas do cinema. Só poderia resultar em um grande e atemporal clássico.
Nota: 9.0
Coração Louco (Crazy Heart) – EUA, 2009
De Scott Cooper. Com Jeff Bridges, Maggie Gyllenhaal, Colin Farrell e Robert Duvall.
Como filme, é menos do que poderia ser. Tanto a história quanto a abordagem do diretor ao tema são comuns, baseados em clichês. O destaque fica mesmo por conta de Jeff Bridges, que desaparece sob a pele de Bad Blake (o ator ganhou um Oscar pela interpretação).
Nota: 6.0
O Jovem Frankenstein (Young Frankenstein) – EUA, 1974
De Mel Brooks. Com Gene Wilder, Peter Boyle, Marty Feldman, Cloris Leachman e Teri Garr.
Ainda que haja momentos cansativos e lentos, especialmente para uma comédia, o filme traz momento hilários, de pura genialidade. Wilder nunca esteve tão bem e Marty Feldman quase rouba a cena como Igor. Uma ótima comédia, de quando Mel Brooks ainda sabia fazê-las.
Nota: 7.5
Onde Vivem os Monstros (Where the Wild Things Are) – EUA, 2009
De Spike Jonze. Com Max Records, Catherine Keener e Mark Ruffalo. Com as vozes de James Gandolfini, Paul Dano e Catherine O’Hara.
Uma narrativa repleta de significados e simbolismos sobre as dificuldades do crescimento e o poder de imaginação da infância, sempre contada com o frescor e a originalidade típicos de Spike Jonze. Bonito, sensível e muito bem realizado. Os monstros são um achado.
Nota: 8.0
Barry Lyndon – Inglaterra, 1975
De Stanley Kubrick. Com Ryan O’Neal, Marisa Berenson, Patrick Magee e Hardy Kruger.
A história e os personagens são interessantes o suficiente para manter a atenção, mas jamais se tornam algo diferenciado. A genialidade aqui fica mesmo por conta da técnica de Kubrick, que cria um filme visualmente irrepreensível, com uma cena mais linda que outra.
Nota: 7.5
Encontro Explosivo (Knight and Day) – EUA, 2010
De James Mangold. Com Tom Cruise, Cameron Diaz,Peter Sarsgaard, Viola Davis e Paul Dano.
É tudo uma grande brincadeira, mas o objetivo de satirizar os filmes de ação esbarra na falta de inspiração. As piadas são fracas, a química entre o casal é nula e as cenas de ação nada empolgantes. Sobra o carisma de Cruise e um ou outro momento.
Nota: 4.0
À Prova de Morte (Death Proof) – EUA, 2007
De Quentin Tarantino. Com Kurt Russell, Vanessa Ferlito, Sidney Poitier, Zoe Bell, Rosario Dawson, Mary Elizabeth Winstead, Rose McGowan, Eli Roth e Quentin Tarantino.
Um filme que somente Tarantino poderia fazer. Mais que uma homenagem, traz a essência de seu cinema, com a criação de um mundo totalmente tarantinesco, com longos diálogos, violência, humor negro e fortes personagens femininos. Tudo vale e nada importa. Diversão pura do início ao fim.
Nota: 8.0
Predadores (Predators) – EUA, 2010
De Nimród Antal. Com Adrien Brody, Alice Braga, Topher Grace, Danny Trejo e Laurence Fishburne.
A boa presença de Adrien Brody e Alice Braga não esconde o fato de se tratar de um produto comum até mesmo para o gênero de ação. As criaturas demoram a aparecer e o roteiro ainda toma caminhos inexplicáveis, como uma péssima surpresa envolvendo o personagem de Grace.
Nota: 5.0
Ink - EUA, 2009
De Jamin Winans. Com Christopher Soren Kelly, Quinn Hunchar, Jessica Duffy e Jennifer Bater.
O hype que este filme conquistou no cinema independente não se justifica. Ainda que tenha algumas boas ideias, elas são apresentadas sem qualquer senso narrativo, em um filme caótico e que, muitas vezes, parece amador. Ambicioso, sim, mas também confuso e pretensioso.
Nota: 5.0
Entre Irmãos (Brothers) – EUA, 2009
De Jim Sheridan. Com Tobey Maguire, Natalie Portman, Jake Gyllenhaal, Sam Shepard e Carey Mulligan.
O roteiro parece perdido, começando como um drama familiar e encerrando como um estudo sobre as consequências psicológicas da guerra. Além disso, Sheridan parece apressado, impedindo um desenvolvimento gradual dos personagens e tornando o filme, por vezes, inverossímil. O elenco, por outro lado, está ótimo.
Nota: 6.0
O Profeta (Un Prophéte) – França, 2009
De Jacques Audiard. Com Tahar Rahim, Niels Arestrup, Adel Bencherif e Richem Yacoubi.
Digna de figurar entre as grandes sagas do crime do cinema, a jornada de Malik é real e bem construída, apoiada em ótimos personagens e atuações. Audiard ainda se mostra diferenciado ao apostar em um filme com significados, como a parábola religiosa. Uma grande obra, desde já entre as melhores a chegar aqui neste ano.
Nota: 8.0
Amelia – EUA, 2009
De Mira Nair. Com Hilary Swank, Richard Gere, Ewan McGregor, Christopher Eccleston, Mia Wasikowska e Cherry Jones.
O pioneirismo da protagonista se torna uma novelinha tola nas mãos de Nair, que jamais consegue descobrir quem foi Earhart. Narrativamente pobre, com um roteiro que não é capaz dar credibilidade às situações. Até mesmo a normalmente ótima Swank está abaixo da média.
Nota: 3.0
De Sidney Lumet. Com Faye Dunaway, William Holden, Peter Finch, Robert Duvall e Ned Beatty.
Fantástico em sua sátira/crítica à imbecilização promovida pelos meios de comunicação, com discursos certeiros e diálogos afiados entregues por grandes atores. Há momentos desnecessários, como a relação entre Holden e Dunaway, mas segue um grande filme de Lumet.
Nota: 8.0
Infâmia (The Children’s Hour) – EUA, 1961
De William Wyler. Com Audrey Hepburn, Shirley MacLaine, James Garner e Miriam Hopkins.
O mestre Wyler tem dificuldades na primeira metade, que não chega a empolgar, principalmente por conta da irritante personagem ary. Mas a obra cresce após a divulgação da calúnia, com ótimos diálogos e interpretações densas de Hepburn e MacLaine. A cena do destino final de MacLaine é filmada de forma brilhante por Wyler.
Nota: 7.0
Laura – EUA, 1944
De Otto Preminger. Com Dana Andrews, Gene Tierney, Clifton Webb, Vincent Price e Judith Anderson.
Direção estilosa, personagens complexos, diálogos inspirados, trilha sonora inesquecível. Tudo isso somado ao roteiro que traz uma das maiores reviravoltas do cinema. Só poderia resultar em um grande e atemporal clássico.
Nota: 9.0
Coração Louco (Crazy Heart) – EUA, 2009
De Scott Cooper. Com Jeff Bridges, Maggie Gyllenhaal, Colin Farrell e Robert Duvall.
Como filme, é menos do que poderia ser. Tanto a história quanto a abordagem do diretor ao tema são comuns, baseados em clichês. O destaque fica mesmo por conta de Jeff Bridges, que desaparece sob a pele de Bad Blake (o ator ganhou um Oscar pela interpretação).
Nota: 6.0
O Jovem Frankenstein (Young Frankenstein) – EUA, 1974
De Mel Brooks. Com Gene Wilder, Peter Boyle, Marty Feldman, Cloris Leachman e Teri Garr.
Ainda que haja momentos cansativos e lentos, especialmente para uma comédia, o filme traz momento hilários, de pura genialidade. Wilder nunca esteve tão bem e Marty Feldman quase rouba a cena como Igor. Uma ótima comédia, de quando Mel Brooks ainda sabia fazê-las.
Nota: 7.5
Onde Vivem os Monstros (Where the Wild Things Are) – EUA, 2009
De Spike Jonze. Com Max Records, Catherine Keener e Mark Ruffalo. Com as vozes de James Gandolfini, Paul Dano e Catherine O’Hara.
Uma narrativa repleta de significados e simbolismos sobre as dificuldades do crescimento e o poder de imaginação da infância, sempre contada com o frescor e a originalidade típicos de Spike Jonze. Bonito, sensível e muito bem realizado. Os monstros são um achado.
Nota: 8.0
Barry Lyndon – Inglaterra, 1975
De Stanley Kubrick. Com Ryan O’Neal, Marisa Berenson, Patrick Magee e Hardy Kruger.
A história e os personagens são interessantes o suficiente para manter a atenção, mas jamais se tornam algo diferenciado. A genialidade aqui fica mesmo por conta da técnica de Kubrick, que cria um filme visualmente irrepreensível, com uma cena mais linda que outra.
Nota: 7.5
Encontro Explosivo (Knight and Day) – EUA, 2010
De James Mangold. Com Tom Cruise, Cameron Diaz,Peter Sarsgaard, Viola Davis e Paul Dano.
É tudo uma grande brincadeira, mas o objetivo de satirizar os filmes de ação esbarra na falta de inspiração. As piadas são fracas, a química entre o casal é nula e as cenas de ação nada empolgantes. Sobra o carisma de Cruise e um ou outro momento.
Nota: 4.0
À Prova de Morte (Death Proof) – EUA, 2007
De Quentin Tarantino. Com Kurt Russell, Vanessa Ferlito, Sidney Poitier, Zoe Bell, Rosario Dawson, Mary Elizabeth Winstead, Rose McGowan, Eli Roth e Quentin Tarantino.
Um filme que somente Tarantino poderia fazer. Mais que uma homenagem, traz a essência de seu cinema, com a criação de um mundo totalmente tarantinesco, com longos diálogos, violência, humor negro e fortes personagens femininos. Tudo vale e nada importa. Diversão pura do início ao fim.
Nota: 8.0
Predadores (Predators) – EUA, 2010
De Nimród Antal. Com Adrien Brody, Alice Braga, Topher Grace, Danny Trejo e Laurence Fishburne.
A boa presença de Adrien Brody e Alice Braga não esconde o fato de se tratar de um produto comum até mesmo para o gênero de ação. As criaturas demoram a aparecer e o roteiro ainda toma caminhos inexplicáveis, como uma péssima surpresa envolvendo o personagem de Grace.
Nota: 5.0
Ink - EUA, 2009
De Jamin Winans. Com Christopher Soren Kelly, Quinn Hunchar, Jessica Duffy e Jennifer Bater.
O hype que este filme conquistou no cinema independente não se justifica. Ainda que tenha algumas boas ideias, elas são apresentadas sem qualquer senso narrativo, em um filme caótico e que, muitas vezes, parece amador. Ambicioso, sim, mas também confuso e pretensioso.
Nota: 5.0
Entre Irmãos (Brothers) – EUA, 2009
De Jim Sheridan. Com Tobey Maguire, Natalie Portman, Jake Gyllenhaal, Sam Shepard e Carey Mulligan.
O roteiro parece perdido, começando como um drama familiar e encerrando como um estudo sobre as consequências psicológicas da guerra. Além disso, Sheridan parece apressado, impedindo um desenvolvimento gradual dos personagens e tornando o filme, por vezes, inverossímil. O elenco, por outro lado, está ótimo.
Nota: 6.0
O Profeta (Un Prophéte) – França, 2009
De Jacques Audiard. Com Tahar Rahim, Niels Arestrup, Adel Bencherif e Richem Yacoubi.
Digna de figurar entre as grandes sagas do crime do cinema, a jornada de Malik é real e bem construída, apoiada em ótimos personagens e atuações. Audiard ainda se mostra diferenciado ao apostar em um filme com significados, como a parábola religiosa. Uma grande obra, desde já entre as melhores a chegar aqui neste ano.
Nota: 8.0
Amelia – EUA, 2009
De Mira Nair. Com Hilary Swank, Richard Gere, Ewan McGregor, Christopher Eccleston, Mia Wasikowska e Cherry Jones.
O pioneirismo da protagonista se torna uma novelinha tola nas mãos de Nair, que jamais consegue descobrir quem foi Earhart. Narrativamente pobre, com um roteiro que não é capaz dar credibilidade às situações. Até mesmo a normalmente ótima Swank está abaixo da média.
Nota: 3.0