Viagem Literária

Apenas uma maneira de despejar em algum lugar todas aquelas palavras que teimam em continuar saindo de mim diariamente.

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Location: Porto Alegre, RS, Brazil

Um gaúcho pacato, bem-humorado e que curte escrever algumas bobagens e algumas coisas sérias de vez em quando. Devorador voraz de livros e cinéfilo assumido. O resto não interessa, ao menos por enquanto.

Friday, January 21, 2011

Por que eu sou ateu


De Ricky Gervais

Por que você não acredita em Deus? As pessoas me perguntam isso toda hora. Eu sempre tento dar uma resposta sensível, racional. Isso normalmente é embaraçoso, inútil e uma perda de tempo. Pessoas que acreditam em Deus não precisam de uma prova de Sua existência e elas certamente não querem evidências do contrário. Elas estão felizes com sua crença. Até dizem coisas do tipo “é verdadeiro para mim” e “é a fé”. Eu ainda dou minha resposta lógica porque acredito que não ser honesto seria condescendente e rude. É irônico, por consequência, que “eu não acredito em Deus porque não existe qualquer prova científica da sua existência e porque pelo que eu sei a própria definição Dele é uma impossibilidade lógica neste universo conhecido” acabe por soar tanto condescendente quanto rude.

Arrogância é outra acusação. O que me parece particularmente injusto. A Ciência busca a verdade. E ela não discrimina. Para melhor ou para pior, ela descobre as coisas. A Ciência é humilde. Ela sabe o que ela sabe e ela sabe o que ela não sabe. Ela baseia suas conclusões e crenças em fortes evidências – evidências que são constantemente atualizadas e melhoradas. Ela não fica ofendida quando surgem novos fatos. Ela abraça todo o corpo do conhecimento. Ela não se apoia em práticas medievais porque elas são tradição. Se fizesse isso, você não teria uma vacina de penicilina, colocaria uma sanguessuga dentro das suas calças e rezaria. Em qualquer coisa que você “acreditar”, ela não será tão eficiente quanto a medicina. De novo, você pode dizer, “Funciona pra mim”, mas os placebos também funcionam. O que estou dizendo é que Deus não existe. Não estou dizendo que a fé não existe. Eu sei que a fé existe. Eu a vejo toda hora. Mas acreditar em algo não faz com que este algo seja real. Esperar que algo seja verdade não faz com que este algo seja verdade. A existência de Deus não é subjetiva. Ele ou existe ou não existe. Não é uma questão de opinião. Você pode ter as suas próprias opiniões. Mas você não pode ter os seus próprios fatos.

Por que eu não acredito acredito em Deus? Não, não, por que VOCÊ acredita em Deus? Certamente o fardo da prova está no crente. Você começou isso tudo. Se eu chegasse para você e dissesse “Por que você não acredita que eu possa voar”, você diria “Por que eu acreditaria?”. Eu responderia “Porque é uma questão de fé”. Se então eu dissesse “Prove que eu não posso voar. Prove. Viu, você não consegue, consegue?”, você provavelmente ou se afastaria de mim, chamaria a segurança ou me jogaria pela janela, gritando “Voe, então, seu maldito lunático”.

Isto é, claro, uma questão espiritual. Religião é um assunto diferente. Como um ateu, não vejo nada de “errado” em acreditar em um deus. Eu não acredito que exista um deus, mas a crença nele não faz mal algum. Se ajuda você de alguma forma, então está tudo bem por mim. É quando a crença começa a infringir os diretos de outras pessoas que eu começo a me preocupar. Eu jamais negaria o seu direito de acreditar em um deus. Eu só preferiria que você não matasse pessoas que acreditam em um deus diferente. Ou apedrejasse pessoas até a morte porque o seu livro de regras diz que a sexualidade deles é imoral. É estranho que qualquer um que acredita que um ser todo-poderoso, onisciente e responsável por tudo o que acontece também gostaria de julgar e punir pessoas pelo que elas são. Pelo que eu compreendo, o pior tipo de pessoa que você pode ser é um ateu. Os primeiros quatro mandamentos batem nessa tecla. Existe um deus, eu sou ele, ninguém mais é, você não é bom e não esqueça disso (não assassine alguém só recebe uma menção no número 6).

Quando confrontado por alguém que enxerga a minha falta de fé religiosa com desprezo, eu respondo: “Foi assim que Deus me fez”.

Mas do que os ateus estão realmente sendo acusados?

A definição de Deus no dicionário é a de “um criador sobrenatural e observador do universo”. Incluídos nesta definição estão todas as deidades, deusas e seres sobrenaturais. Desde o início da história documentada, definida pela invenção da escrita pelos sumérios aproximadamente 6.000 anos atrás, os historiadores catalogaram mais de 3.700 seres sobrenaturais, dos quais 2.870 podem ser consideradas deidades.

Então, da próxima vez que alguém me disser que acredita em Deus, eu direi: “Oh, em qual? Zeus? Hades? Júpiter? Marte? Odin? Thor? Krishna? Vishnu? Ra?” E se a pessoa disser “Apenas Deus. Eu apenas no Deus único”, eu direi que ela é quase tão atéia quanto eu. Eu não acredito em 2.870 deuses e ela não acredita em 2.869.

Eu costumava acreditar em Deus. O Deus cristão, digo.

Eu amava Jesus. Ele era meu herói. Mais do que popstars. Mais do que jogadores de futebol. Mais do que Deus. Deus era, por definição, onipotente e perfeito. Jesus era um homem. Ele tinha que trabalhar isso. Ele tinha tentações, mas derrotou o pecado. Ele tinha integridade e coragem. Mas Ele era meu herói porque era bondoso. E era bondoso com todo mundo. Ele não se curvou à pressão, à tirania ou à crueldade. Ele não se importava com quem você era. Ele amava você. Que cara. Eu queria ser exatamente como ele.

Um dia, quando eu tinha mais ou menos oito anos de idade, estava desenhando a crucificação como tarefa de casa dos meus estudos da bíblia. Eu amava arte também. E natureza. Eu amava como Deus tinha feito todos os animais. Eles também eram perfeitos. Incondicionalmente belos. Era um mundo incrível.

Eu morava em um conjunto muito pobre, de operários, em um centro urbano chamado Reading, 40 milhas a oeste de Londres. Meu pai era um trabalhador e minha mãe uma dona de casa. Eu nunca tive vergonha da pobreza. Era quase nobre. Além disso, todo mundo que eu conhecia estava na mesma situação e eu tinha tudo o que precisava. Escola era de graça. Minhas roupas eram baratas e sempre limpas e passadas. E minha mãe estava sempre cozinhando. Ela estava cozinhando no dia que eu estava desenhando a cruz.

Eu estava sentado na mesa da cozinha quando meu irmão chegou em casa. Ele era 11 anos mais velho do que eu, então deveria ter 19. Ele era tão inteligente quanto todo mundo que eu conhecia, mas era provocador. Ele sempre respondia de volta e se metia em encrenca. Eu era um bom garoto. Eu ia à igreja e acreditava em Deus – um alívio para uma mãe da nossa classe. Crescendo onde eu cresci, as mães não tinham esperança de que seus filhos se tornassem médicos; elas apenas esperavam que seus filhos não fossem para a cadeia. Então, crie-os acreditando em Deus e eles serão pessoas boas e cidadãos corretos. É um sistema perfeito. Bem, quase. 75% dos americanos são cristãos tementes a Deus; 75% dos prisioneiros são cristãos tementes a Deus. 10% dos americanos são ateus; 0.2% dos prisioneiros são ateus.

Mas, enfim, lá estava eu desenhando bem feliz o meu herói quando meu irmão Bob me perguntou: “Por que você acredita em Deus?” Uma pergunta simples. Mas minha mãe entrou em pânico. “Bob”, ela disse em um tom que eu sabia que significava “Cale a boca”. Por que aquilo era uma coisa ruim para se perguntar? Se Deus existia e a minha fé era forte o bastante, não importava o que os outros dissessem.

Opa, espera aí. Deus não existe. Ele sabe e minha mãe, no fundo, sabia. Era simples assim. Eu comecei a pensar sobre isso e a me questionar ainda mais e, dentro de uma hora, eu era um ateu.

Uau. Nada de Deus. Se a minha mãe tinha me mentido sobre Deus, teria ela também mentido sobre o Papai Noel? Sim, claro, mas quem se importa? Os presentes continuavam vindo. Assim como vinham os presentes do meu recém-descoberto ateísmo. Os presentes da verdade, ciência, natureza. A verdadeira beleza deste mundo. Eu aprendi sobre a evolução – uma teoria tão simples que apenas o maior gênio da Inglaterra poderia desenvolver. Evolução das plantas, dos animas e de nós mesmos – com imaginação, livre-arbítrio, amor e humor. Eu não precisava mais de um motivo para a minha existência, mas apenas de uma razão para viver. E imaginação, livre-arbítrio, amor, humor, diversão, música, esportes, cerveja e pizza são razões suficientemente boas para viver.

Mas viver uma viva honesta – para isso você precisa da verdade. Esta é a outra coisa que aprendi naquele dia, que a verdade, ainda que chocante ou desconfortável, leva ao final para a liberação e a dignidade.

Então o que a pergunta “Por que você não acredita em Deus?” realmente significa? Eu acho que quando alguém pergunta isso a pessoa está na verdade questionando sua própria fé. De certo modo, ela está perguntando “O que faz de você alguém especial? Como você não passou pela mesma lavagem cerebral que o resto de nós? Como você ousa dizer que eu sou um idiota e não vou pro céu? Foda-se”. Sejamos sinceros, se uma única pessoa acreditasse em Deus, ela seria considerada muito estranha. Mas, por ser uma visão popular, ela é aceita. E por que é uma visão tão popular? Isso é óbvio. É uma proposta atraente. Acredite em mim e viva para sempre. Novamente, se fosse apenas um caso de espiritualidade, estaria tudo bem.

“Faça aos outros…” é uma boa regra para seguir. Eu vivo de acordo com ela. Perdão é provavelmente a maior virtude que existe. Mas é exatamente o que ela é – uma virtude. Não somente uma virtude cristã. Ninguém possui ser bom. Eu sou bom. Eu só não acredito que serei recompensado por isso no paraíso. Minha recompensa é aqui e agora. É saber que eu tento fazer a coisa certa. Que eu vivi uma boa vida. E é aí que a espiritualidade realmente se perde. Quando se torna um pedaço de pau para bater nas pessoas. “Faça isso ou você vai queimar no inferno.”

Você não vai queimar no inferno. Mas seja bom de qualquer jeito.

Tuesday, January 04, 2011

Melhores e Piores 2010

PIORES FILMES DO ANO

10) O Lobisomem (The Wolfman) – EUA/Inglaterra
Se até a maquiagem é duvidosa, o que esperar do resto? Infelizmente, história sem lógica, personagens insossos, efeitos especiais amadores e cenas de ação de dar sono. Para piorar, Benicio Del Toro e Emily Blunt estão em seus piores momentos.

9) Os Mercenários (The Expendables) – EUA
A homenagem de Stallone ao cinema-testosterona da década de 80 acabou ficando pela metade. Por mais que tenha um ou outro momento no qual acerta no tom de brincadeira, a maior parte do filme é feita por piadas sem graça, ditas por personagens insossos, e por cenas de ação incrivelmente mal filmadas e incompreensíveis. Uma pena.

8) Querido John (Dear John) – EUA
Channing Tatum e Amanda Seyfried não possuem qualquer química juntos, o que é crucial para um romance. Para piorar, Hallström conduz tudo com excesso de sacarose, entregando um filme cansativo e artificial, que jamais atinge uma emoção sincera

7) Criação (Creation) - Inglaterra
Inaceitável o fato de que os aspectos mais interessantes da história de Charles Darwin tenham sido deixados de lado pela enfadonha trama sobre a filha, que é conduzida com mão extremamente pesada por Jon Amiel. Um filme mal-costurado, cansativo e decepcionante.

6) O Último Mestre do Ar (The Last Airbender) - EUA
Surpreendentemente, a única coisa que funciona são as cenas de ação, ainda que repetitivas. De resto, uma história caótica, diálogos risíveis e uma construção precária daquele mundo, que jamais convence. A queda gradual de M. Night Shyamalan é algo impressionante.

5) A Caixa (The Box) - EUA
A interessante premissa rende um primeiro ato eficiente, mas Richard Kelly arruina tudo quando tenta explicar os acontecimentos. A partir daí, o roteiro abandona qualquer sentido e chega a dar vergonha em alguns momentos. Bizarro, e não no bom sentido.

4) Amelia – Canadá/EUA
O pioneirismo da protagonista se torna uma novela tola nas mãos de Mira Nair, que jamais consegue descobrir quem foi Earhart. Narrativamente pobre, com um roteiro que não é capaz dar credibilidade às situações. Nem mesmo a ótima Hilary Swank consegue salvar.

3) Legião (Legion) - EUA
Difícil dizer o que é pior: se os exageros de Dennis Quaid, as cenas involuntariamente cômicas, o roteiro furado, os fraquíssimos efeitos ou a falta de imaginação diante de um tema cheio de possibilidades.

2) Idas e Vindas do Amor (Valentine’s Day) – EUA
Nada funciona nessa comédia romântica: histórias óbvias, completamente sem emoção; falta de ritmo, com tramas paralelas que jamais fluem; diálogos embaraçosos; piadas sem graça. Nem mesmo o elenco estelar consegue salvar o desastre.

1) Tiras em Apuros (Cop Out) - EUA
Kevin Smith no fundo do poço de sua carreira. O irreverente e provocativo cineasta dos anos noventa se entrega ao cinema comercial nesta história caótica, na qual nada funciona. Tracy Morgan é irritante, a trama é uma bagunça, as piadas causam vergonha e os lugares-comuns transbordam. O detentor do troféu de pior filme do ano.

Filmes que quase entraram na lista dos piores

Encontro Explosivo (Knight and Day) - EUA

O Fada do Dente (Tooth Fairy) – Canadá/EUA

Fúria de Titãs (Clash of the Titans) – Inglaterra/EUA

Cadê os Morgans? (Did You Hear About the Morgans?) - EUA

Sherlock Holmes - EUA

Um Olhar do Paraíso (The Lovely Bones) – EUA/Nova Zelândia/Inglaterra

Predadores (Predators) - EUA

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MELHORES FILMES DO ANO

10) A Fita Branca (Das Weisse Band) – Alemanha/Áustria/França/Itália
Michael Haneke novamente apresenta a sua visão nada esperançosa em relação à natureza humana, porém, desta vez, de forma esteticamente exemplar. É o seu filme mais belo e bem filmado, mesmo que não seja o mais provocante - e pudesse ser um pouco mais curto.

9) Onde Vivem os Monstros (Where the Wild Things Are) - EUA
Uma narrativa repleta de significados e simbolismos sobre as dificuldades do crescimento e o poder de imaginação da infância, sempre contada com o frescor e a originalidade de Spike Jonze. Bonito, sensível e muito bem realizado. Os monstros são um achado.

8) O Profeta (Um Prophète) – França/Itália
Digna de figurar entre as grandes sagas do crime, a jornada de Malik é real, gradual e bem construída, apoiada em ótimos personagens e atuações. Jacques Audiard ainda mostra um olhar diferenciado ao apostar em uma história com significados, como a parábola religiosa. Um grande filme.

7) À Prova de Morte (Death Proof) - EUA
Um filme que somente Quentin Tarantino poderia fazer. Mais que uma homenagem, traz a essência de seu cinema, com a criação de um mundo totalmente tarantinesco, longos diálogos, violência, humor negro e fortes personagens femininos. Diversão pura do início ao fim.

6) O Escritor Fantasma (The Ghost Writer) – Alemanha/França/Inglaterra
O roteiro é bem amarrado e as atuações eficientes, mas é o comando de Roman Polanski que faz do filme uma obra acima da média. A construção da atmosfera angustiante é praticamente perfeita, assim como a utilização da câmera de modo a transmitir veracidade. Os cinco minutos finais são fabulosos.

5) Mary e Max – Uma Amizade Diferente (Mary and Max) - Austrália
Divertida e tocante animação repleta de pequenas boas ideias. Adam Elliot aborda temas difíceis como solidão, depressão, alcoolismo e suicídio com leveza e sensibilidade, ainda com belas soluções visuais. Emoção, inteligência e humor na medida certa.

4) Tropa de Elite 2 - Brasil
José Padilha justifica esta sequência ao não apostar apenas na repetição do que deu certo no original, mas fazendo a história evoluir. Porém, mais do que isso, é uma obra complexa em sua narrativa e executada com precisão, capaz de entreter e indignar.

3) Toy Story 3 - EUA
O roteiro consegue falar com adultos que já viveram a passagem do tempo e com as crianças. Excelentes pequenas ideias e uma longa sequência de fuga executada impecavelmente. Terno, sensível, emocionante. O melhor da trilogia.

2) A Rede Social (The Social Network) - EUA
Mais que um roteiro brilhante, com diálogos inteligentes e personagens complexos, mais que uma direção magnífica, com cenas impecáveis e arriscada estrutura, e mais que bem atuado, o filme traz a crônica da primeira década do novo milênio. Será lembrado como símbolo de uma época.

1) A Origem (Inception) – EUA/Inglaterra
Um filme construído sobre excelentes ideias, explorando-as de forma impecável, com uma execução nada menos que espetacular. Uma trama repleta de camadas, que ainda dá espaço aos personagens. O tipo de filme que dá vontade de estar sonhando para que durasse mais.

Filmes que quase entraram na lista dos melhores

Mother – A Busca pela Verdade (Madeo) – Coréia do Sul

Kick-Ass – Quebrando Tudo (Kick-Ass) – EUA/Inglaterra

Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland) - EUA

O Segredo dos Seus Olhos (El Secreto de Sus Ojos) – Argentina/Espanha

Preciosa – Uma História de Esperança (Precious: Based on the Novel Push by Sapphire) - EUA

Ilha do Medo (Shutter Island) - EUA

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MELHOR DIRETOR

1) Roman Polanski (O Escritor Fantasma)
2) Michael Haneke (A Fita Branca)
3) Martin Scorsese (Ilha do Medo)
4) Christopher Nolan (A Origem)
5) David Fincher (A Rede Social)
6) Quentin Tarantino (À Prova de Morte)

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MELHOR ATOR

1) Jeff Bridges (Coração Louco)
2) Ricardo Darín (O Segredo dos Seus Olhos)
3) Leonardo DiCaprio (Ilha do Medo)
4) Jesse Eisenberg (A Rede Social)
5) Wagner Moura (Tropa de Elite 2)

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MELHOR ATRIZ

1) Naomi Watts (Destinos Ligados)
2) Noomi Rapace (Os Homens que Não Amavam as Mulheres)
3) Carey Mulligan (Educação)
4) Gabourey Sidibe (Preciosa – Uma História de Esperança)
5) Mo’nique (Preciosa – Uma História de Esperança)

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REVELAÇÃO DO ANO

Chloe Moretz – A Hit Girl de Kick-Ass – Quebrando Tudo

Noomi Rapace – A Lisbeth Salander de Os Homens que Não Amavam as Mulheres

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MELHOR CENA DO ANO

O plano-sequência da perseguição no estádio em O Segredo dos seus Olhos.

O plano final em O Escritor Fantasma.

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SURPRESA DO ANO

Mary e Max – Uma Amizade Diferente

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DECEPÇÃO DO ANO

Um Olhar do Paraíso

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FILME MAIS SUPERESTIMADO DO ANO

Atração Perigosa (The Town)

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FILME MAIS SUBESTIMADO DO ANO

Alice no País das Maravilhas

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MELHOR PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Bill Murray (Zumbilândia)