Viagem Literária

Apenas uma maneira de despejar em algum lugar todas aquelas palavras que teimam em continuar saindo de mim diariamente.

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Location: Porto Alegre, RS, Brazil

Um gaúcho pacato, bem-humorado e que curte escrever algumas bobagens e algumas coisas sérias de vez em quando. Devorador voraz de livros e cinéfilo assumido. O resto não interessa, ao menos por enquanto.

Sunday, January 28, 2007

UM ESTRANHO CASAL e DÉJÀ VU


Tem crítica minha da comédia clássica Um Estranho Casal e do recente Déjà Vu em www.cineplayers.com.

Saturday, January 20, 2007

O Sacrifício

Não foi amor à primeira vista. E quem conhece Soraia sabe que nem poderia ser. Na realidade, não foi nem amor à décima-segunda vista. Comecei a me apaixonar por Soraia dois anos depois de conhecê-la, após nos vermos quase todos os dias no escritório.

O fato é que Soraia é feia. Muito feia. Horrorosa. Só pra ter uma idéia, ela conseguiu na justiça uma decisão que a liberava de utilizar fotos em documentos, pelo bem da sociedade. A carteira de identidade de Soraia traz apenas sua assinatura e dados pessoais. Fotografia, não. E quem a conhece sabe que a decisão do juiz foi mais do que acertada.

E essa é a maldição à qual estou preso por todo o restante da minha vida. Amo Soraia de todas as formas possíveis. Não consigo ficar muito tempo longe dela que a saudade simplesmente parece explodir em meu peito. Cada segundo ao lado dela é como um final de semana no paraíso. Mas é constrangedor. Humilhante. Saio com ela na rua e as pessoas começam a apontar para nós. Crianças correm para debaixo do vestido de suas mães assim que enxergam o rosto de Soraia.

Todo mundo já teve um caso com uma feiosa. Nem que sejam cinco minutos em uma festa. Escondido, no cantinho, sem ninguém ver. Até uma noite de sexo com um bicho da goiaba é aceitável. O problema é que coube a mim amar esse monstro. E ela é um monstro, não adianta negar. Ela própria sabe. Como andar na rua de mãos dadas com o sétimo cão de Satanás? Mas, o que vou fazer se não consigo ficar longe dela?

Estamos juntos há praticamente sete anos. Até hoje meus pais não a conhecem. E, se depender de mim, jamais vão se conhecer. Já passei por diversos apuros para evitar um encontro entre Soraia e meus pais. Imagino a decepção de meu pai se um dia me visse com ela. “Jamais esperava isso de você, meu filho”. Acho que ele preferiria que eu fosse gay do que casado com a Soraia.

Aliás, nosso casamento foi um fato a ser contado. Claro que foi feito tudo em segredo, longe de olhares acusadores. Só eu, ela e o padre. Isso, óbvio, até o padre enxergá-la. Hoje, relembrando, até chega a ser engraçado, mas na hora foi humilhante. O representante do Senhor deu um pulo para trás ao se deparar com Soraia. Subiu correndo o altar, arrancou o crucifixo da parede e começou a apontar para nós, enxotando-nos da igreja. Só casamos quando um amigo me contou que o padre da sua paróquia era cego.

E foi refletindo exatamente sobre isso que descobri a minha missão nesse mundo. Finalmente compreendi porque havia sido destinada a mim a tarefa de amar minha amada. Até conhecer Soraia, jamais soube o que fazer da vida. Não parava em emprego algum, não conseguia namorada fixa. Com ela, descobri que tenho uma missão grandiosa para com a humanidade. É meu dever, e somente meu, evitar que a linhagem de Soraia continue existindo no mundo.

Amo Soraia, mas sei que colocar um herdeiro dela no mundo seria uma puta sacanagem com a todas as pessoas do planeta. Não só as pessoas, mas animais e vegetais também. O DNA de Soraia não pode sobreviver. E este é meu sacrifício para o bem de toda a humanidade. A missão que fará com que eu me sente ao lado do Criador lá em cima e receba um tapinha nas costas, talvez despertando inveja de Jesus. Consigo até imaginar Ele me dizendo: “Obrigado por este sacrifício”.

Claro que, para o resto do mundo, eu vou continuar sendo a prova maior de como o amor é cego, sem tato e incapaz de cheirar. Mas não me importo. Estou em paz com a minha missão. Um dia serei reconhecido como um dos grandes homens de todos os tempos. O problema é, até lá, acordar todas as manhãs ao lado da mulher mais feia que já existiu.

Wednesday, January 17, 2007

MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO



Tem crítica minha de Mais Estranho que a Ficção em www.cineplayers.com.

Wednesday, January 10, 2007

MELHORES E PIORES 2006

Ok, mais um ano que se vai e, como é praxe aos vidrados em cinema, é época de fazer listas. Abaixo estão as minhas opiniões sobre o ano que passou, com os melhores e piores filmes do ano e outras categorias.
Só para esclarecer, este balanço é feito a partir dos filmes que consegui assistir dos que chegaram ao Brasil em 2006. Não vi tudo o que chegou em terras tupiniquins, então essa lista possivelmente será modificada nos próximos meses.
Mas por enquanto é isso.

MELHOR FILME
(em ordem crescente, do décimo melhor ao melhor filme do ano)


10) Volver - Espanha
Dando continuidade a uma impressionante seqüência de grandes trabalhos, Almodóvar retorna ao universo feminino nesta história criativa e surreal. Penélope Cruz está absolutamente deslumbrante e entrega a melhor atuação de sua carreira como a protagonista, conquistando a platéia desde o início. O roteiro, como sempre, surpreende a cada momento, com reviravoltas constantes e completamente lógicas à história. Mais uma vez, Almodóvar na lista.

9) Filhos da Esperança (Children of Men) - Inglaterra/EUA
Mesmo com um trabalho de direção apenas razoável, Filhos da Esperança já seria uma bela obra. Mas o trabalho de Alfonso Cuarón atrás das câmeras é aburdamente fabuloso, mostrando um virtuosismo técnico de encher os olhos. O diretor cria algumas das seqüências mais fascinantes dos últimos tempos, que apenas dão mais força à bela, inteligente e poderosa história.

8) O Labirinto do Fauno (El Laberinto del Fauno) - México/Espanha/EUA
Misturando fantasia e realidade na dose certa, Guillermo Del Toro cria um irmão de A Espinha do Diabo, até então seu melhor filme. Repleto de metáforas inteligentes, O Labirinto do Fauno traz uma galeria de personagens interessantes e cenas brilhantemente orquestradas para mostrar a importância da imaginação e da fantasia. Belas atuações e momentos de pura beleza colaboram para posicionar O Labirinto do Fauno como um dos melhores do ano.

7) 007 – Cassino Royale (Casino Royale) - EUA/Alemanha/Inglaterra
A reformulação completa do personagem resultou no melhor filme de toda a série. Craig encarna o personagem como nenhum ator antes, transmitindo uma constante sensação de ameaça. Dessa vez, Bond é mais humano, capaz inclusive de fazer escolhas erradas e se machucar. A história de amor funciona, assim como as empolgantes cenas de ação e os brilhantes diálogos (ver “Melhores Frases”). Bond, James Bond, como nunca.

6) Ponto Final – Match Point (Match Point) - Inglaterra/EUA
A volta de Woody Allen ao Olimpo dos cineastas se deu com um filme que tem pouco a ver com a filmografia do diretor. A verve cômica de Allen é deixada completamente de lado nesse conto de amor, obsessão e assassinato. Como é comum em seus filmes, os personagens são construídos de forma exemplar e complexa, beneficiando-se imensamente do ótimo elenco (Scarlett é uma diva). Se as duas primeiras partes da obra já são excelentes, o terceiro ato é praticamente irrepreensível, trazendo tensão, surpresas e momentos de pura genialidade. Um grande filme.

5) Ritmo de um Sonho (Hustle & Flow) - EUA
Uma das grandes surpresas do último ano, Ritmo de um Sonho é um conto sincero e tocante sobre alguém tentando vencer na vida. Apesar do ponto de partida já batido, o diretor e roteirista Brewer evita os clichês ao tratar seus personagens de forma precisa, transformando-os em pessoas reais e fazendo o público acreditar nos relacionamentos criados. Com fabulosas interpretações de todo o elenco (Howard é sensacional) e grandes momentos, Ritmo de um Sonho mostra sua força perto do final, quando o espectador se vê torcendo para o sucesso do protagonista.

4) O Assassinato de um Presidente (The Assassination of Richard Nixon) - EUA/México
Sean Penn está, como de costume, absolutamente brilhante nessa obra melancólica que lembra bastante o clássico Taxi Driver. Com a ajuda do ator, o diretor e roteirista Niels Mueller constrói um retrato fascinante e ao mesmo tempo perturbador do personagem principal. O roteiro é impecável nesse sentido e a direção de Mueller consegue dar o tom certo à narrativa, montando a história até seu trágico e inevitável final. Um belíssimo filme.

3) Vôo United 93 (United 93) – França/Inglaterra/EUA
Paul Greengrass (Domingo Sangrento e A Supremacia Bourne) demonstra todo seu talento ao contar a – suposta – história do avião que não atingiu seu alvo em 11 de setembro. Dividindo seu filme em duas tramas paralelas igualmente interessantes, Greengrass literalmente joga o espectador no completo desespero daquelas pessoas, atingindo níveis estratosféricos de tensão. Sem apelar para clichês ou melodrama, Vôo United 93 emociona pelo seu realismo e por revelar os limites do ser humano em momentos como esse.

2) Os Infiltrados (The Departed) - EUA
A mais recente obra-prima de Scorsese é um brilhante exercício narrativo. Com roteiro inteligente e personagens magistralmente construídos, o cineasta elabora um filme com a tensão à flor da pele, entregando momentos de puro domínio cinematográfico. Com interpretações magistrais do elenco (DiCaprio e Nicholson, principalmente) e diálogos perspicazes, Scorsese realizou um grande filme sobre o (sub)mundo do crime. Mais um para a sua carreira.

1) Munique (Munich) - EUA
Para resumir, Munique é um dos melhores filmes dos últimos anos e talvez o melhor de toda a carreira de Spielberg. Narrativamente complexo, emocionalmente devastador e politicamente relevante, a obra conta com um roteiro impecável para contar a degradação moral do personagem principal, tendo como pano de fundo um conflito ainda atual. Com cenas orquestradas de forma magistral por Spielberg, Munique é um verdadeiro soco no estômago, levantando questões e fazendo pensar.

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PIOR FILME
(em ordem crescente, do décimo pior ao pior filme do ano)


10) Firewall – Segurança em Risco (Firewall) - EUA
Filme sem a menor graça ou inspiração, daqueles perfeitos para um Supercine da Rede Globo. A história não tem nada de original e jamais prende a atenção, tanto pela fraca direção de Richard Loncraine quanto pelo roteiro, que arma o plano de roubo menos empolgante da história do cinema. Além disso, os personagens não possuem a menor profundidade e tomam atitudes estúpidas ao longo da obra. O que sobra é a interpretação competente de Harrison Ford, que ainda surpreende nas cenas de ação, mostrando fôlego para o próximo Indiana Jones.

9) Se Eu Fosse Você – Brasil
O maior sucesso nacional do ano também não passa de uma grande bobagem. Além do ponto de partida já utilizado à exaustão, as situações criadas pelo roteiro são forçadas e sem graça. Além disso, a direção de Daniel Filho não consegue aproveitar os poucos momentos inspirados, elaborando momentos embaraçosos para Tony Ramos e Glória Pires. Saudade de Cidade de Deus...

8) O Novo Mundo (The New World) - EUA
Malick exibe incrível pretensão neste filme cansativo. Introspectivo ao extremo, com milhares de digressões desnecessárias, O Novo Mundo cansa o espectador com longas cenas onde nada acontece. O romance entre Farrell (naquela que talvez seja a pior atuação de sua carreira) e Kilcher jamais convence, ganhando um pouco de fôlego apenas quando surge Christian Bale. Há cenas bonitas e muito bem filmadas, mas é difícil engolir a arrogância do cineasta.

7) Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock n’ Roll - Brasil
Os personagens de Angeli definitivamente não funcionam nas telas da mesma forma que nas tiras de quadrinhos. Lento demais e com poucas piadas engraçadas, o filme abusa da boa vontade do espectador em rir do estilo de vida dos personagens. Pouco inspirado, apesar de algumas idéias serem interessantes, como o porco vocalista.

6) Bandidas – França/México/EUA
Tirando a beleza de Salma Hayek e Penélope Cruz, nada sobra nesse equívoco produzido pelo francês Luc Besson. O roteiro é uma bagunça, empilhando um clichê atrás do outro, com diálogos embaraçosos e personagens sem graça. Enquanto isso, a dupla de diretores pouco faz para melhorar o material, fazendo de Bandidas uma comédia que não faz rir e uma aventura que não empolga.

5) Seres Rastejantes (Slither) – Canadá/EUA
Ao contrário de produções como O Ataque dos Vermes Malditos, Seres Rastejantes leva-se a sério demais para um filme B. O humor é escasso, aparecendo quase sempre graças à carismática presença de Fillion. Como resultado, sobra um filme grotesco, mal-feito e que cansa pela falta de descontração.

4) Quando um Estranho Chama (When a Stranger Calls) – EUA
Provalmente o filme mais chato do ano. Nada acontece durante os quase 90 minutos. A maior parte da obra é a sobre a mocinha recebendo ligações de alguém que não fala nada e saindo para investigar algum barulho. Só. Além da história repetitiva, o diretor Simon West apela para algumas das fórmulas mais idiotas do gênero, como o barulho produzido por um gato! Sobra apenas a bela Camila Belle.

3) Armações do Amor (Failure to Launch) - EUA
Porcaria. Uma comédia romântica que não oferece nada de novo, com um roteiro formulaico e cheio de clichês. De quebra, o casal principal não convence, principalmente devido à chatíssima Parker, e o roteiro não oferece uma piada divertida. Salvam-se apenas o carisma de McCounaghey e a sempre ótima presença de Bates.

2) O Grito 2 (The Grudge 2) - EUA
Se o primeiro filme já era um lixo, este nem precisava existir. Não há história, não há personagens, não há nada. É só uma série de sustos e mortes sem o menor sentido e, o que é ainda pior, que não metem medo. A burrice da obra chega a irritar. Por pouco não consegue a posição de pior filme do ano.

1) Aeon Flux - EUA
De toda a lista, este é o único filme que quis parar de assistir com menos de cinco minutos. Com uma história completamente confusa e nada interessante, a diretora Katryn Kusama apela para efeitos especiais sem a menor razão de existir, construindo as cenas de ação mais estúpidas e menos interessantes dos últimos tempos. De quebra, há o desperdício do talento de Charlize Theron.

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MELHOR DIREÇÃO
(em ordem decrescente, a número 1 é a melhor, a número 2 é a segunda melhor e assim por diante)


1) Alfonso Cuarón (Filhos da Esperança)
2) Paul Greengrass (Vôo United 93)
3) Martin Scorsese (Os Infiltrados)
4) Steven Spielberg (Munique)

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PIOR DIREÇÃO

1) Katryn Kusama (Aeon Flux)
2) Simon West (Quando um Estranho Chama)
3) Daniel Filho (Se Eu Fosse Você)
4) Takashi Shimizu (O Grito 2)

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MELHOR ROTEIRO

1) Eric Roth e Tony Kushner (Munique)
2) William Monahn (Os Infiltrados)
3) Alfonso Cuarón e Timothy J. Sexton (Filhos da Esperança)
4) Niel Mueller e Kevin Kennedy (O Assassinato de um Presidente)
5) Neal Purvis, Robert Wade e Paul Haggis (007 – Cassino Royale)

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PIOR ROTEIRO

1) Stephen Susco (O Grito 2)
2) Phil Hay e Matt Manfredi (Aeon Flux)
3) Tom J. Astle e Matt Ember (Armações do Amor)
4) Jake Wade Hall (Quando um Estranho Chama)
5) James Wan e Leigh Wannell (Jogos Mortais 3)

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MELHOR ATOR

1) Phillip Seymour Hoffman (Capote)
2) Sean Penn (O Assassinato de Richard Nixon)
3) Leonardo DiCaprio (Os Infiltrados)
4) Terrence Howard (Ritmo de um Sonho)
5) Heath Ledger (O Segredo de Brokeback Mountain)

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PIOR ATOR

1) James Franco (Flyboys)
2) James Franco (Tristão e Isolda)
3) Colin Farrell (O Novo Mundo)
4) Liev Schreiber (A Profecia)

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MELHOR ATRIZ

1) Penélope Cruz (Volver)
2) Meryl Streep (O Diabo Veste Prada)
3) Reese Whiterspoon (Johnny & June)
4) Scarlett Johansson (Match Point – Ponto Final)
5) Taraji P. Henson (Ritmo de um Sonho)

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PIOR ATRIZ

1) Sarah Jessica Parker (Armações do Amor)
2) Shawnee Smith (Jogos Mortais 3)
3) Salma Hayek (Bandidas)
4) Amber Tamblyn (O Grito 2)

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MELHOR VILÃO

1) Meryl Streep (O Diabo Veste Prada)
2) Jack Nicholson (Os Infiltrados)
3) Phillip Seymour Hoffman (Missão: Impossível 3)

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MELHOR CENA

1) Perseguição no carro (Filhos da Esperança)
2) Tiroteio no campo de refugiados (Filhos da Esperança)
3) Parto (Filhos da Esperança)
4) DiCaprio e Damon não falando nada no celular (Os Infiltrados)
5) Garotinha ao telefone (Munique)
6) Bond confortando Vesper no chuveiro (007 – Cassino Royale)

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MELHOR FRASE E/OU DIÁLOGO

1) “Se a única coisa que sobrasse de você fossem seu sorriso e seu dedo mínimo, você ainda seria mais homem do que qualquer um que já conheci.
Isso é porque você sabe o que eu posso fazer com meu dedo mínimo.” (007 – Cassino Royale)
2) “Eu não quero ser um reflexo do meu ambiente. Quero que meu ambiente seja um reflexo de mim.” (Os Infiltrados)
3) “Eu posso viver sem você. Mas não quero.” (Dizem por Aí...)
4) “Não há paz ao final disso.” (Munique)
5) “Todo esse sangue acaba voltando para nós.” (Munique)
6) “Sob essa máscara há mais que carne. Sob essa máscara há uma idéia, sr. Cready, e idéias são à prova de balas.” (V de Vingança)
7) “Você não é meu tipo.
Inteligente?
Solteira.” (007 – Cassino Royale)
8) “Eu sou o dinheiro.
Cada centavo.” (007 – Cassino Royale)

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TROFÉU “TÁ LONGE DE SER TUDO ISSO”

Caché
O Plano Perfeito (Inside Man)
O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain)

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TROFÉU “AH, PÁRA, NÃO É TÃO RUIM”

Código Da Vinci (The Da Vinci Code)
Instinto Selvagem 2 (Basic Instinct 2)
As Loucuras de Dick e Jane (Fun With Dick and Jane)

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TROFÉU “ADEUS, UNHAS”

Abismo do Medo (The Descent)
Vôo United 93 (United 93)

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TROFÉU “E QUEREM QUE EU PRESTE ATENÇÃO NO FILME?”

Penélope Cruz (Volver)
Salma Hayek (Pergunte ao Pó)
Kate Beckinsale (Click)
Gong Li (Memórias de uma Gueixa)
Beyoncé Knowles (A Pantera Cor-de-Rosa)
Rachel McAdams (Tudo em Família)
Eva Green (007 – Cassino Royale)

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TROFÉU “NÃO ERA SORTE DE PRINCIPIANTE”

George Clooney (Boa Noite e Boa Sorte)

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TROFÉU “OS CARAS NUNCA ERRAM?”

Pixar (Carros)

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TROFÉU “PODIA TER SIDO MAIS”

Dália Negra
O Grande Truque
Missão: Impossível 3
Paradise Now

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TROFÉU “MERECE UMA ESPIADA”

Elsa e Fred – Um Amor de Paixão
A Garota da Vitrine
O Matador
Resgate Abaixo de Zero
Wolf Creek – Viagem ao Inferno

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TROFÉU “ALGUÉM ME EXPLICA”

Dália Negra
Fonte da Vida
Syriana – A Indústria do Petróleo

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TROFÉU “AGORA CHEGA, NÉ?”

O Grito 2
Jogos Mortais 3
Todo Mundo em Pânico 4

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TROFÉU “ANDA, TCHÊ”

O Novo Mundo
Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock n’ Roll

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TROFÉU “POR QUE EU EXISTO?”

Poseidon
A Profecia
Quando um Estranho Chama




Tuesday, January 02, 2007

Filmes de Novembro

A VINGANÇA DA PANTERA COR-DE-ROSA (THE REVENGE OF THE PINK PANTHER) – Inglaterra/EUA, 1978 **1/2
De Blake Edwards. Com Peter Sellers, Herbert Lom, Burt Kwouk, Dyan Cannon e Robert Webber.

Uma das mais fracas aventuras de Clouseau, embora ainda consiga arrancar risadas. A trama perde o ritmo diversas vezes e algumas piadas não funcionam, mas Sellers continua sensacional no papel do protagonista, salvando A Vingança da Pantera Cor-de-Rosa do desastre.

BUENA VISTA SOCIAL CLUB – Alemanha/Inglaterra/EUA/França/Cuba, 2002 **1/2
De Wim Wenders. Com Ry Cooder, Ibrahim Ferrer, Rubén González e Eliades Ochoa.
Buena Vista Social Club perde a chance de se transformar em um excelente documentário ao optar por extrair dos retratados depoimentos sem graça e não mostrar o caminho percorrido para reunir os músicos cubanos. Poderia ser uma bela análise do desleixe com a arte e a luta destes nomes da música, mas acaba sendo um filme entediante.

O GRANDE TRUQUE (THE PRESTIGE) – EUA/Inglaterra, 2006 ***1/2
De Christopher Nolan. Com Hugh Jackman, Christian Bale, Scarlett Johansson, Michael Caine, David Bowie e Andy Serkis.

Nolan mostra mais uma vez que é um dos grandes cineastas da atualidade, contando uma história difícil com extrema segurança. O bom roteiro desenvolve os personagens satisfatoriamente, dando espaço para que Jackman e Bale brilhem. Além disso, há surpresas que vão deixar o espectador boquiaberto, ainda que outras sejam bastante previsíveis. Há equívocos, como a história da “duplicidade” e o desperdício de Scarlett Johansson, mas O Grande Truque é uma obra de inteligência que homenageia o próprio cinema.

OS FUGITIVOS (LONELY HEARTS) – EUA, 2006 ***
De Todd Robinson. Com John Travolta, James Gandolfini, Scott Caan, Jared Leto, Salma Hayek e Laura Dern.

Filme independente com um bom elenco sobre a caçada a dois assassinos. Ainda que o desenvolvimento dos personagens seja capenga, há uma boa dinâmica entre o casal Hayek e Leto e a construção de uma atmosfera eficaz. Não enche os olhos, mas dá conta do recado.

TRISTÃO E ISOLDA (TRISTAN + ISOLDE) – Alemanha/República Tcheca/EUA/Inglaterra, 2006 ***1/2
De Kevin Reynolds. Com James Franco, Sophia Myles, Rufus Sewell, David O’Hara e Marc Strong.

Com uma boa recriação de época e direção eficiente de Reynolds, Tristão e Isolda é um filme que deve agradar platéias diferenciadas. A história, baseada em uma lenda, é até previsível, mas os personagens são bem construídos e as situações rendem bons conflitos. Pena que James Franco seja um ator limitado, prejudicando as cenas de romance e jamais conseguindo fazer a platéia acreditar que pode ser um líder.

DANDO O TROCO (DIRTY LOVE) – EUA, 2005 *
De John Mallory Asher. Com Jenny McCarthy, Eddie Kaye Thomas, Carmen Electra e Victor Webster.

Filme escrito, produzido e estrelado por uma ex-coelhinha da Playboy americana. Precisa dizer mais?

WOLF CREEK – VIAGEM AO INFERNO (WOLF CREEK) – Austrália, 2005 ****
De Greg McLean. Com John Jarratt, Cassandra Magrath, Kestie Morassi e Bem Mitchell.

Suspense australiano que surpreende por focar-se na história e nos personagens ao invés do sangue. O diretor e roteirista McLean dedica bom tempo apresentando os personagens e estabelecendo uma relação natural e crível entre eles, apoiado nas ótimas interpretações. Assim, quando o grupo entra em perigo, a platéia tem ligação suficiente com aquelas três pessoas para se preocupar e torcer por elas. Um filme interessante e assustador pelo realismo.

JOGOS MORTAIS 3 (SAW 3) – EUA. 2006 **1/2
De Darren Lynn Bousman. Com Tobin Bell, Shawnee Smith, Angus Macfadyen, Barrar Soomekh, Dina Meyer e Donnie Wahlberg.

Ao contrário da obra citada acima, Jogos Mortais 3 apóia-se única e exclusivamente no sangue e na violência. A história é de uma estupidez extrema, assim como os personagens não passam de produtos descartáveis. Além disso, a direção de Bousman abusa dos cortes rápidos e movimentos de câmera, criando uma linguagem videoclíptica que cansa. O que sobra é apenas a personalidade doentia de Jigsaw e sua criatividade ao bolar as armadilhas.

O CLUBE DOS CINCO (THE BREAKFAST CLUB) – EUA, 1985 ****
De John Hughes. Com Judd Nelson, Molly Ringwald, Anthony Michael Hall, Emilio Estevez, Allie Sheedy e Paul Gleason.

Um dos maiores clássicos do cinema adolescente dos anos 80. O mestre John Hughes (Curtindo a Vida Adoidado) propõe-se a colocar por terra todos os estereótipos do gênero, ao se aprofundar em um grupo de cinco personagens: o garoto e a garota mais populares do colégio, o rebelde, o nerd e a isolada. Cada um deixa o clichê de lado e revela seus medos, desejos e ambições, em uma abordagem inovadora. Inteligente, o filme conta com boas atuações do – na época – jovem elenco e, apesar de alguns deslizes no roteiro, continua um dos filmes mais icônicos de uma geração.

PARADISE NOW – Palestina/França/Alemanha/Israel/Holanda ***1/2
De Hany Abu-Assad. Com Lubna Azabal, Kais Nashif, Ali Suliman e Mohammad Bustami.

Por pior que fosse o desenvolvimento da história, o ponto de partida de Paradise Now já faria o filme merecer uma olhada. Acompanhando o último dia de dois homens-bomba, a obra de Abu-Asad peca por problemas de ritmo e digressões, mas levanta questões interessantes e revela-se um pungente retrato da influência da fé nestas pessoas.

OS INFILTRADOS (THE DEPARTED) – EUA, 2006 *****
De Martin Scorsese. Com Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Jack Nicholson, Mark Wahlberg, Martin Sheen, Vera Farmiga, Alec Baldwin e Ray Winstone.

A mais recente obra-prima de Scorsese é um brilhante exercício narrativo. Com um roteiro inteligente e personagens magistralmente construídos, o cineasta constrói um filme com a tensão à flor da pele, entregando momentos de puro domínio cinematográfico. Com interpretações magistrais do elenco (DiCaprio e Nicholson, principalmente) e diálogos perspicazes, Scorsese realizou um grande filme sobre o (sub)mundo do crime. Mais um para a sua carreira.

VOLVER - Espanha, 2006 ****
De Pedro Almodóvar. Com Penélope Cruz, Carmen Maura, Lola Dueñas, Blanca Portillo e Yohana Cobo.

Dando continuidade a uma impressionante seqüência de grandes trabalhos, Almodóvar retorna ao universo feminino nesta história criativa e surreal que faz melhor do que ninguém. Penélope Cruz está absolutamente deslumbrante e entrega a melhor atuação de sua carreira como a protagonista, conquistando a platéia desde o início. O roteiro, como sempre, surpreende a cada momento, com reviravoltas constantes e completamente lógicas à história. Há apenas algumas subtramas desnecessárias que quebram o ritmo, mas nada que impeça Volver de figurar nas listas de melhores do ano.

A FEITICEIRA (BEWITCHED) – EUA, 2005 *
De Nora Ephron. Com Nicole Kidman, Will Ferrell, Michael Caine, Shirley MacLaine e Jason Schwartzman.

Um equívoco completo. O único aspecto interessante desta reinvenção da famosa série de TV é o ponto de partida, que trata de uma remontagem da famosa série de TV. Mas o desenvolvimento da trama é pífio, com personagens completamente imbecis e irritantes, piadas sem a menor inspiração e outras idéias ofensivas à inteligência. Nem os ótimos Ferrell conseguem livrar esta porcaria.

GAROTA DA VITRINE (SHOPGIRL) – EUA/Inglaterra/Suíça, 2005 ***1/2
De Anand Tucker. Com Claire Danes, Steve Martin, Jason Schwartzman e Bridgette Wilson.
Escrito por Steve Martin, Garota da Vitrine é uma obra sensível e inteligente. Contrapondo-se à atual linguagem cinematográfica, a história não tem pressa em desenvolver os personagens e em tornar as ligações entre eles reais. Repleto de pequenas boas idéias, a trama acaba derrapando em alguns estereótipos e irregularidade narrativa, mas é uma história singela e bem contada, que ainda oferece atuações dedicadas de todo o elenco – em especial Danes, que ilumina a tela.

CAMISA DE FORÇA (THE JACKET) – EUA/Inglaterra, 2005 ***
De John Maybury. Com Adrien Brody, Keira Knightley, Kris Kristofferson, Jennifer Jason Leigh, Kelly Lynch, Brad Renfro e Daniel Craig.
Ainda que seja por demais forçado e abuse da boa vontade do espectador, Camisa de Força oferece uma história intrigante o suficiente para prender a atenção até o final. Brody e Knightley estão bem nos papéis, embora não haja muito espaço para os personagens. Funciona, mas nada de especial.

PAPAI BATE UM BOLÃO (KICKING AND SCREAMING) – EUA, 2005 **
De Jesse Dylan. Com Will Ferrell, Robert Duvall, Mike Ditka e Kate Walsh.
Ferrel é a única atração desta comédia idiota. O histrionismo e timing cômico do ator conseguem arrancar algumas risadas do roteiro clichê e nada inspirado. Duvall também se diverte, mas é uma típica Sessão da Tarde sem grandes qualidades.

A CIDADE PERDIDA (THE LOST CITY) - EUA, 2005 ***
De Andy Garcia. Com Andy Garcia, Inés Sastre, Tomas Milian, Dustin Hoffman e Bill Murray.
Bela homenagem de Andy Garcia a Cuba, sua terra natal. A Cidade Perdida alonga-se desnecessariamente e oferece subtramas dispensáveis, mas conta uma história interessante, com bons personagens e momentos tocantes. A direção de Garcia é segura e a paixão pelo projeto transparece em cada fotograma. Destaque para um Bill Murray irônico como sempre.

FONTE DA VIDA (THE FOUNTAIN) – EUA, 2006 ***1/2
De Darren Aronofsky. Com Hugh Jackman, Rachel Weisz, Ellen Burstyn, Mark Margolis, Ethan Suplee e Sean Patrick Thomas.
Com a ambição artística que já se tornou sua característica, Aronofsky elabora uma trama fantástica sobre vida, morte e amor. Apresentando um visual estarrecedor e uma das melhores trilhas do ano, o cineasta consegue hipnotizar o espectador, que é carregado pelo filme ainda que a história se torne bastante confusa. Jackman demonstra talento na construção de três personagens diferentes, enquanto Weisz aparece com o magnetismo de sempre.

SEPARADOS PELO CASAMENTO (THE BREAK-UP) – EUA, 2006 ***
De Peyton Redd. Com Vince Vaughn, Jennifer Aniston, Jon Favreau, Joey Lauren Adams, Jason Bateman e Vincent D’Onofrio.
Separados pelo Casamento podia ter sido muito mais do que foi. Em alguns momentos, o filme de Peyton Reed aproveita a interessante premissa e demonstra inteligência ao analisar com sagacidade um relacionamento entre homem e mulher. Em outros, entrega-se a situações fáceis e clichês, resultando em um filme irregular. Mas Vaughn e Aniston têm carisma e química suficientes para agradar.

ANTES DO PÔR-DO-SOL (BEFORE SUNSET) – EUA, 2004 *****
De Richard Linklater. Com Ethan Hawke e Julie Delpy.
Simplesmente mágico. O trio Richard Linklater, Ethan Hawke e Julie Deply acertaram novamente na continuação de Antes do Amanhecer. Baseado quase que unicamente em diálogos entre os dois protagonistas, Antes do Pôr-do-Sol atinge níveis poucas vezes igualados de sensibilidade e inteligência. Os personagens são reais e a relação é palpável – sente-se a paixão crescendo (novamente) entre os dois. Um filme simples, singelo e extremamente recompensador.

OS DESAJUSTADOS (THE MISFITS) – EUA, 1961 ****
De John Huston. Com Clark Gable, Montgomery Clift, Marilyn Monroe, Eli Wallach e Thelma Ritter.
Ainda que não tenha uma trama propriamente dita, Os Desajustados revela-se um belo estudo de personagens. Repleto de metáforas (algumas inteligentes, outras óbvias), a obra tem a mão segura de John Huston, diálogos inteligentes e belas interpretação de grandes astros da época de ouro de Hollywood. Não é o melhor filme dos envolvidos, mas merece a alcunha de clássico.

O LABIRINTO DO FAUNO (EL LABERINTO DEL FAUNO) – México/Espanha/EUA, 2006 ****
De Guillermo Del Toro. Com Ivana Baquero, Maribel Verdú, Sergi López e Doug Jones.
Misturando fantasia e realidade na dose certa, Guillermo Del Toro cria um irmão de A Espinha do Diabo, até então seu melhor filme. Repleto de metáforas inteligentes, O Labirinto do Fauno traz uma galeria de personagens interessantes e cenas brilhantemente orquestradas para mostra a importância da imaginação e da fantasia. Belas atuações e momentos de pura beleza colaboram para posicionar O Labirinto do Fauno como um dos melhores filmes do ano.

CARROS (CARS) – EUA, 2006 ****1/2
De John Lasseter. Com as vozes de Owen Wilson, Paul Newman, Bonnie Hunt, Larry the Cable Guy, Cheech Marin e Tony Shalhoub.
Está se tornando repetitivo elogiar os filmes da Pixar, mas é impossível não se render à magia da empresa. Carros é mais um acerto da Pixar. Ainda que a estrutura da trama seja óbvia e a lição previsível, a criatividade da trama e a riqueza de detalhes encantam o espectador. Os personagens são adoráveis e com diálogos impagáveis, em um visual simplesmente deslumbrante. Divertido, emocionante e imperdível.